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BNDES não deve aumentar desembolsos devido à crise, diz Coutinho

18/08/2011 21h37

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Apesar da ameaça de recessão na economia global e dos reflexos disso nas bolsas de valores, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vislumbra um cenário em que terá de ampliar os desembolsos para o setor privado, e tampouco ajudar a Petrobras na captação de recursos para executar seu plano de investimentos, disse nesta quinta-feira o presidente da instituição, Luciano Coutinho.

O novo plano da petroleira prevê a captação de cerca de 91 bilhões de dólares no mercado até 2015 para viabilizar investimentos na ordem de US$ 224,7 bilhões.

"Sou otimista e acho que a Petrobras não vai precisar de tudo isso. O mercado pode suprir perfeitamente. Acho que não será necessário (o BNDES emprestar) até porque estamos sobrecarregados", disse Coutinho a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

"Não há necessidade de nada extraordinário, nenhum pacote. Não há expectativa de duplo mergulho da economia mundial. A perspectiva de crescimento dos Estados é medíocre, mas não desastrosa como se pensava antes. A possibilidade de rupturas nos dois blocos foram afastadas", acrescentou.

Segundo ele, o banco mantém "o plano de voo original" de emprestar neste ano o mesmo volume de recursos de 2010, perto de R$ 145 bilhões.

O executivo avaliou que a turbulência não vai se transformar em uma recessão e aposta que as economias dos Estados Unidos e da União Européia vão ter uma redução de no mínimo 1 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), baixando a expansão dessas economias em 2012 para 1 por cento.

"Sem dúvida, esse cenário afetará a economia brasileira e nosso comércio exterior.... mas o Brasil parece mais bem preparado que em 2008 porque tem um mercado interno forte e dinâmico, e um setor bancário robusto e preservado", destacou Coutinho.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)