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Venda de imóveis novos em São Paulo sobe em maio; lançamentos recuam

Vivian Pereira

Da Reuters, em São Paulo

04/07/2012 09h08

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo avançaram 14,6% em maio ante o mesmo mês do ano passado, somando 2.728 unidades, informou nesta quarta-feira (4) o sindicato da habitação na capital paulista, Secovi-SP, que prevê uma desaceleração mais forte no nível de lançamentos.

Em relação a abril, a comercialização de imóveis disparou 35,9%, após queda de 9,7% em abril ante março. Com isso, nos cinco primeiros meses do ano, o setor acumula alta de 13,3% nas vendas, em 10.135 unidades, acima da previsão do Secovi para este ano, de crescimento de 10%.

Em termos de valores, houve expansão de 6%, no Valor Geral de Vendas (VGV) comercializado de janeiro a maio, totalizando R$ 5,08 bilhões.

O mês de maio é marcado pela realização do "Feirão" da Caixa Econômica Federal, feito anualmente, que reúne vasta oferta de imóveis em diversas localidades, voltados principalmente para a população de renda mais baixa.

Lançamentos menores

Em contrapartida, os lançamentos caíram 31,4% no acumulado do ano até maio sobre igual etapa de 2011, para 7.496 unidades, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Em maio, foram lançados 2.239 imóveis na capital paulista, alta de 38% em relação a abril, mas queda de 39% ano a ano.

Diante do cenário de retração dos lançamentos, o Secovi revisou a estimativa para o fechado de 2012 para recuo de 21 por cento na oferta de novos imóveis. Antes, a previsão era de queda de 5% nos lançamentos.

As principais construtoras e incorporadoras do país já haviam sinalizado certa acomodação no ritmo de lançamentos este ano, enquanto reorganizam suas operações."Tal revisão nas expectativas se deve ao ajuste para baixo no volume de lançamentos residenciais no período de janeiro a maio e à tendência de queda na aprovação de projetos no acumulado de 12 meses", afirmou o Secovi-SP em nota.

A tendência, segundo a entidade, é decorrente de maior dificuldade na formação de terrenos aptos à incorporação e exagerados prazos nos processos de licenciamento de edificações.