Top 5 do Focus vê aperto monetário maior nesta semana, com Selic a 11,75%
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central deve acelerar o passo nesta semana e elevar a Selic (taxa básica de juros) em 0,50 ponto percentual, segundo os economistas de instituições financeiras que mais acertam as projeções na pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira (1º).
Para 2015, o Top 5 manteve suas contas e vê que a taxa básica de juros encerrará a 12% no cenário de médio prazo. Para o cenário de curto prazo, no entanto, a projeção subiu a 12,25%.
No levantamento da semana anterior, as estimativas eram de que a Selic encerraria 2014 e 2015 a 11,5% e 12%, respectivamente, em ambos os cenários.
Já a mediana de todos os economistas consultados não mudou, com a Selic fechando este ano a 11,5% e, o próximo, a 12% ao ano.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga qual será a Selic para os próximos 45 dias.
No encontro de outubro, logo após o segundo turno das eleições que reelegeu a presidente Dilma Rousseff, deu início ao um novo ciclo de aperto monetário, elevando a taxa em 0,25 ponto percentual, para o atual patamar de 11,25%.
Mas, diante do sinais de que a inflação ainda continua elevada, muitos especialistas passaram a ver que o BC vai acelerar o passo agora.
Outras projeções do Focus
Pelo Focus, a projeção de alta do o IPCA foi mantida em 6,43% neste ano, e elevada a 6,49% em 2015, sobre 6,45% antes. Em ambos os casos, os números estão muito próximos ao teto da meta --de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Sobre a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Focus mostrou que houve ligeira redução neste ano, de 0,2% na semana passada para 0,19%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia foi a 0,77%, ante 0,8%.
Na última sexta-feira, foi divulgado que o PIB do Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre, abaixo do esperado.
Os especialistas consultados pelo BC mantiveram as perspectivas para o dólar ao final do ano, para R$ 2,55. Para o final de 2015, a estimativa subiu, para R$ 2,67, ante R$ 2,65.
(Por Patrícia Duarte)
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