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Fed diz que economia dos EUA ainda está forte o suficiente para aguentar alta de juros

17/06/2015 15h14

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos está crescendo moderadamente após a fraqueza vista no inverno e provavelmente está forte o suficiente para aguentar um aumento de juros até o fim do ano, indicaram nesta quarta-feira autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Após contrair no primeiro trimestre, a economia agora caminha para crescer entre 1,8% e 2% neste ano, de acordo com o comunicado de política monetária e com as novas projeções divulgadas pelo Fed.

O Fed também disse que os mercados de trabalho continuaram a melhorar, mas espera que o desemprego termine o ano ligeiramente mais alto do que estimado em março. A inflação continua baixa, mas deve acelerar gradualmente para sua meta de 2% no médio prazo, disse o Fed.

Ainda assim, o comunicado e as projeções mantêm o Fed no caminho para elevar os juros uma ou duas vezes ao longo das quatro reuniões restantes de política monetária em 2015.

O banco central manteve a taxa de juros perto de zero por enquanto, dizendo que uma alta será apropriada quando o mercado de trabalho melhorar ainda mais e se houver mais confiança de que a inflação vai acelerar.

"A atividade econômica vem se expandindo moderadamente", disse o Fed em seu comunicado de política monetária após dois dias de reuniões. "O ritmo de ganhos de emprego acelerou enquanto a taxa de desemprego continuou estável. No geral, uma série de indicadores do mercado de trabalho sugere que a subutilização dos recursos de trabalho diminuiu um pouco".

Em suas projeções, as autoridades do Fed reduziram as expectativas para o crescimento do PIB em 2015 após levarem em conta um início fraco do ano. Foi a segunda vez desde dezembro que o banco central reduziu a estimativa para o PIB deste ano.

Em março, as autoridades do Fed haviam projetado que a economia cresceria entre 2,3% e 2,7% neste ano.

Mas 15 dos 17 membros do Fed ainda indicaram que a primeira alta dos juros deveria acontecer neste ano, sem alteração em relação às previsões anteriores.

De forma mais significativa, as projeções individuais para a taxa apropriada no final do ano continuaram em torno de 0,625%.

(Reportagem de Howard Schneider)