Mercado vê déficit primário menor em 2016, mas eleva expectativa para o ano que vem
BRASÍLIA (Reuters) - Analistas do mercado melhoraram ligeiramente suas projeções para o rombo primário nas contas públicas neste ano, mas pioraram a expectativa para o ano que vem, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (13), com base em dados coletados em setembro.
Para 2017, a expectativa passou a ser de um déficit de R$ 145,388 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social), acima dos R$ 140,157 bilhões do levantamento anterior. Se confirmada, a cifra vai extrapolar com ainda mais folga a meta estabelecida pelo governo de um saldo negativo em R$ 139 bilhões para o ano que vem.
Já para 2016, a previsão de déficit primário passou a R$ 159,884 bilhões, abaixo dos R$ 160,378 bilhões estimados anteriormente. Nesse caso, o patamar segue inferior ao rombo de R$ 170,5 bilhões fixado como meta para o ano.
Dívida pública
Em relação à dívida bruta, cuja evolução recente tem sido apontada como um sinal de deterioração fiscal do Brasil, analistas enxergam que ela terá um peso de 73,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016, mesmo patamar projetado anteriormente. Já para 2017, a previsão diminuiu a 78,2%, contra 78,4% antes.
Na madrugada de terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento das despesas à inflação do exercício anterior, medida estruturada para garantir o reequilíbrio das contas públicas.
Mesmo com a vitória, especialistas afirmam que ainda será preciso aprovar a reforma previdenciária para fazer com a que a dívida bruta efetivamente caia em relação ao PIB.
(Por Marcela Ayres)
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