Ilan diz que flexibilização da política monetária ocorrerá quando inflação permitir
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira (25) que a política monetária só deve ser flexibilizada quando a inflação permitir.
"O BC vai flexibilizar a política monetária na medida que a inflação permitir, nem mais nem menos", afirmou em entrevista concedida para a GloboNews.
"Nós observamos um espaço para a flexibilização que tem a ver com essa melhora nas expectativas. Hoje, temos uma expectativa de inflação para 2018, 2019 e 2020 já na meta. Só que no ano de 2017 ainda temos uma expectativa de inflação um pouco acima da meta, em 5%."
Para o ano que vem, o presidente do BC afirmou que a meta de inflação de 4,5% é desafiadora por causa da inércia, que dificulta que o processo de desinflação pelo qual o país está passando ocorra de forma mais acelerada. Mas, acrescentou, é um "objetivo crível e possível".
"A desinflação está acontecendo. Poderia ser mais rápida a queda, mas aí teríamos que ter uma economia com menos indexação", afirmou. "Uma vez que a inflação sobe no Brasil para baixar é bem mais difícil."
Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã desta terça-feira, o BC destacou que há sinais recentes de pausa no processo de desinflação de serviços, adotando um tom mais duro em relação ao processo de corte dos juros básicos --na última reunião, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 14% ao ano.
Após a sinalização do BC, as taxas dos contratos futuros de juros fecharam em alta nesta terça-feira, com uma chance majoritária de um novo corte de 0,25 ponto porcentual na reunião de novembro.
Regularização
Sobre a regularização de recursos de brasileiros no exterior que termina em 31 de outubro e tem provocado a valorização do real nos últimos dias, Ilan disse que o BC tem de estar preparado para um aumento de fluxos do exterior.
Na terça-feira, o BC informou que não vai rolar os contratos de swaps cambiais que vencem em 1º de novembro de 2016 por causa da "possibilidade de fluxos de capitais atípicos ou de oscilações excessivas do câmbio".
"Se vier muito (dólar), a gente vai reagir. Se vier menos, não tem nada para ser feito", afirmou.
(Por Luiz Guilherme Gerbelli)
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