Moody's eleva perspectiva de rating do Brasil para estável
Por Luiz Gerbelli e Marcela Ayres
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação Moody's elevou nesta quarta-feira a perspectiva do rating do Brasil, atualmente em Ba2, de negativa para estável.
A Moody's indicou que os riscos que estavam refletidos na perspectiva negativa foram reduzidos por causa da estabilização das condições macroeconômicas do país, com a economia mostrando sinais de recuperação, queda da inflação e perspectivas fiscais mais claras.
"A melhoria da avaliação é consequência natural do nosso esforço para o controle das contas públicas e da inflação. Isso mostra que estamos no caminho correto", disse um integrante da equipe econômica, pedindo para não ser identificado.
Em nota, a Fazenda informou que a reavaliação pela Moody's "é um reconhecimento importante dos recentes esforços na recuperação fiscal". Já o presidente Michel Temer disse em comunicado que a agência reconhece "os esforços do governo para recuperar a credibilidade da economia, reduzir a inflação e retomar o crescimento."
Na reavaliação do rating, a Moody's destacou que há indicações de que o funcionamento da política brasileira está melhorando e que há um fortalecimento das instituições, o que ajuda na implementação de reformas fiscais.
"Nos últimos seis meses, os riscos negativos do rating Ba2 diminuíram e as condições macroeconômicas se estabilizaram no Brasil, com uma recuperação incipiente do crescimento econômico esperada em 2017 e uma queda da inflação mais rápida do que a esperada", informou a agência em comunicado.
Após a decisão da Moody's, o dólar futuro ampliou a queda.
A Moody's também acredita que houve uma diminuição no risco de necessidade de apoio financeiro para a Petrobras, enquanto o custo fiscal do alívio da dívida dos governos estaduais continua controlado.
A agência de classificação de risco espera o fim da recessão neste ano, com um crescimento entre 0,5 por cento e 1 por cento, e de 1,5 por cento em 2018. A Moody's projeta inflação de 4,5 por cento em 2017, portanto, na meta do governo.
"Após 2018, esperamos que o crescimento se estabilize em torno de 2 e 3 por cento", informou a agência.
Apesar de prever uma melhora do cenário macroeconômico, a Moody's alerta para a fraqueza dos resultados fiscais. A agência espera que a relação dívida/PIB do Brasil aumente de 70 por cento em 2016 para cerca de 80 por cento em 2019.
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