Dólar cai e vai baixo de R$3,10, com exterior e reformas
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava nesta segunda-feira, mantendo o ritmo dos últimos quatro pregões e indo abaixo de 3,10 reais, com os investidores ainda animados com o andamento das reformas no Congresso Nacional e seguindo o mercado externo.
Às 10:07, o dólar recuava 0,81 por cento, a 3,0987 reais na venda, após acumular queda de 2,25 por cento nos quatro pregões anteriores.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana já havida ido a 3,0980 reais.
"O mercado está otimista em relação à reformas. O dólar ir abaixo de 3,10 reais e ficar lá depende de Brasília", afirmou o gerente de câmbio da corrretora Fair, Mario Battistel.
Após a reforma da Previdência ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados na semana passada com poucas alterações via destaques, o mercado financeiro ficou mais animado e acredita que a matéria será aprovada até o fim deste semestre.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que definirá nesta semana a data para votação da matéria na casa.
Além disso, o governo trabalha politicamente para garantir a votação da reforma trabalhista na Senado. O próprio presidente Michel Temer já pediu que a bancada do seu partido, o PMDB, ajude a acelerar a tramitação da matéria na Casa.
O dólar também era influenciado nesta sessão pelo mercado externo, onde a moeda norte-americana recuava frente a uma cesta de moedas e a divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Os mercados eram influenciados pelo rali do petróleo, cujos preços saltavam mais de 3 por cento nesta sessão, depois que a Arábia Saudita e a Rússia informaram que os cortes de oferta precisam durar até 2018, um passo para estender o acordo liderado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) para apoiar os preços.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
(Por Patrícia Duarte)
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