Na contramão, Banco Agiplan cresce expandindo rede de agências
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO, (Reuters) - Na contramão do sistema financeiro, o Banco Agiplan está apoiando um plano agressivo de expansão no aumento da rede física de agências. Com as 160 inauguradas neste ano, a rede do grupo gaúcho chegou a cerca de 400 filiais em todo o país e estão previstas outras 200 para o ano que vem.
"Enquanto os outros fecham, a gente abre", disse à Reuters o presidente e fundador do Banco Agiplan, Marciano Testa, que comanda um time de cerca de três mil funcionários a partir da sede em Porto Alegre (RS).
Segundo o executivo, parte significativa do público bancário de varejo segue desbancarizada e as agências físicas ainda são um potente canal de relacionamento.
Mesmo com a rápida migração das transações bancárias para canais digitais, nos últimos anos o sistema bancário vinha ampliando a rede física. Mais recentemente, porém, diante da forte recessão do país, reduzir agências virou sinônimo de ganho de eficiência. Só no primeiro trimestre, Banco do Brasil
Diferente dos grandes, as unidades de atendimento do Agiplan são mais simples, equivalentes a correspondentes bancários. Isso porque, embora ofereçam produtos como cartões de crédito e empréstimo pessoal, as agências não operam dinheiro em espécie.
Na prática, essas unidades têm uma operação similar ao das financeiras, modelo de negócios que teve ascensão e queda meteóricas na última década no país. A diferença do Agiplan, diz Testa, é o uso de ferramentas de avaliação de risco de crédito, o credit scoring, que diminuem sensivelmente o risco das operações e permite a oferta de taxas competitivas.
"Clientes negativados ou de baixo score estão sendo alijados em massa pelos grandes bancos", diz o executivo. "Score de crédito é o segredo, especialmente para os clientes chamados subprime."
MEIOS DE PAGAMENTOS
Outra frente de atuação do Agiplan é a de meios de pagamento. O banco adota um mecanismo distinto do usado pelo mercado, em que contas são pagas sem a intermediação de um adquirente. O sistema permite que clientes paguem contas com cartões por meio do telefone celular a lojistas que também sejam correntistas do banco.
O sistema elimina custos como MDRs, taxa de desconto que adquirentes como Cielo
Com esse modelo o Agiplan, que obteve licença de banco comercial no ano passado após a compra do Banco Gerador, tem hoje cerca de 350 mil contas correntes, a maioria no Sul e Sudeste do país, e ativos totais de 1,1 bilhão de reais.
Segundo Testa, a rentabilidade ao redor de 35 por cento sobre o patrimônio do grupo, que deve fechar 2017 ao redor de 380 milhões de reais, tem sido suficiente para sustentar a expansão orgânica do negócio, incluindo o lançamento de um banco totalmente digital, e a ampliação das atividades bancárias físicas, previstos para o segundo semestre.
Mas para horizontes mais longos, no entanto, o empresário já avalia opções que possam ajudar uma expansão não orgânica, incluindo a de receber grandes investidores institucionais como sócios, ou mesmo uma captação via oferta inicial de ações.
"Tudo o que for para o crescimento do negócio pode ser considerado", disse Testa.
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