Dólar cai com exterior e vai a abaixo de R$3,20
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em baixa nesta sexta-feira e abaixo dos 3,20 reais, após dados fracos sobre a economia norte-americana enfraquecerem as apostas de mais um aperto monetário nos Estados Unidos neste ano e em meio a um ambiente mais tranquilo na cena política local.
Às 10:52, o dólar recuava 0,61 por cento, a 3,1885 reais na venda, depois de marcar a mínima de 3,1866 reais, menor valor intradia desde os 3,0955 reais de 17 de maio. O dólar futuro tinha queda de 0,79 por cento.
"O Fed já tinha um tom mais brando nos últimos dias e os números de hoje dão força para a autoridade monetária ter uma política menos agressiva (de juros) mais à frente", avaliou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
Em depoimento no Congresso norte-americano nesta semana, a chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que o país está saudável o suficiente para absorver futuras altas graduais de juros e lenta redução da carteira de títulos. Ela ponderou, no entanto, que dadas as estimativas atuais, os juros não teriam que subir muito mais.
No exterior, o dólar ampliou a queda antes uma cesta de moedas após os dados de varejo e inflação mais fracos que as previsões, e caía ante divisas de emergentes, como os pesos mexicanos e chileno.
"O cenário externo contribuiu bastante para o movimento do real este mês. Somado ao vento mais benigno interno, há espaço para o dólar ficar abaixo de 3,20 reais", acrescentou Gonin.
Na última semana, o governo conseguiu importantes vitórias, entre elas a aprovação da reforma trabalhista por placar folgado no plenário do Senado.
Na véspera, também garantiu que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitasse o parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.
O Banco Central realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.
(Por Claudia Violante)
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