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JPMorgan tem lucro maior que esperado no 2º tri com expansão de carteira e juros mais altos

14/07/2017 10h15

Por David Henry e Sweta Singh

(Reuters) - O JPMorgan Chase & Co, maior banco dos Estados Unidos por ativos, divulgou lucro trimestral melhor que o esperado nesta sexta-feira devido ao forte crescimento dos empréstimos e às taxas de juro mais elevadas.

A divisão de empréstimos do banco aumentou as operações de hipotecas, financiamento a empresas, cartões de crédito e até financiamento de veículos, uma área da qual algumas instituições têm se retirado.

A carteira de crédito média do JPMorgan cresceu 8 por cento no segundo trimestre ante igual período de 2016, enquanto as taxas de juro mais elevadas ajudaram o banco a ganhar mais com as transações.

"O consumo norte-americano continua saudável", disse Jamie Dimon, presidente-executivo do JP Morgan, em comunicado.

Em geral, o lucro líquido do banco aumentou 13 por cento no segundo trimestre, para 7,03 bilhões de dólares, ou 1,82 dólar por ação, ante 6,2 bilhões de dólares, ou 1,55 dólar por ação, no mesmo intervalo um ano antes.

Sem considerar ganhos com um acordo judicial, o JPMorgan lucrou 1,71 dólar por ação, superando a estimativa média de analistas de 1,58 dólar por ação em levantamento da Thomson Reuters I/B/E/S.

As ações do JPMorgan recuavam 1,5 por cento no pré-mercado norte-americano, cotadas a 91,74 dólares. Neste ano, acumulam alta de 7,9 por cento, espelhando os ganhos do índice financeiro do S&P 500.

O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa básica de juro dos EUA pela segunda vez neste ano em junho. O aumento dos juros tende a beneficiar os bancos, permitindo que ampliem o spread entre o quanto cobram para emprestar e o quando pagam pelos depósitos.

Mas, ao mesmo tempo em que apresentou expansão da carteira de crédito, o JPMorgan também elevou a provisão de perdas com inadimplência.

Em cartões de crédito, setor em que cresce agressivamente, o banco fez provisão de 252 milhões de dólares.

Executivos do JPMorgan disseram a investidores que preveem que as perdas com cartões de crédito aumentem, conforme o banco empresta mais.

A receita com operações de trading foi ponto fraco do balanço, conforme a volatilidade atingiu mínimas em anos. Mas os executivos em Wall Street têm alertado os investidores a esperar quedas, já que o segundo trimestre do ano passado se beneficiou de alta nas negociações em torno do voto pelo Brexit no Reino Unido.

A receita dos mercados do JPMorgan caiu 14 por cento no segundo trimestre, para 3,22 bilhões de dólares, devido principalmente às transações de renda fixa. Foi o primeiro declínio em cinco trimestres.

(Por Sweta Singh, em Bengaluru, e David Henry, em Nova York)