Montadoras globais pedem que China flexibilize metas para carros elétricos
HAMBURGO/XANGAI (Reuters) - Montadoras globais pediram para que a China atrase e suavize as cotas planejadas para vendas de carros elétricos e híbridos, dizendo que será impossível cumprir com suas metas, as quais perturbariam severamente seus negócios, de acordo com uma carta vista pela Reuters.
A carta, escrita em 18 de junho e endereçada ao chefe do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, é o esforço mais coeso até o momento do setor contra as ambiciosas metas para os chamados veículos movidos a energia nova, no maior mercado automobilísticos do mundo.
Ávida para combater a emissão de poluentes, a China está planejando uma série de metas para carros elétricos e híbridos, para que correspondam a pelo menos vinte por cento das vendas de automóveis na China até 2025, com um sistema escalonado de cotas a ser iniciado em 2018.
As novas e rígidas regras, junto com as duras penalidades planejadas para caso de descumprimento, como o cancelamento da licença para vender carros não elétricos na China, podem causar muitos problemas para algumas montadoras no mercado.
"A ambiciosa data de cumprimento com as regras propostas é impossível de atingir", disse a carta de órgão do setor automotivo dos Estados Unidos, Europa, Japão e Coreia. "No mínimo, a obrigação precisa ser atrasada por um ano e incluir flexibilidades adicionais".
O ministério não quis comentar.
As metas ditam que as empresas vendam veículos elétricos ou híbridos para gerar "créditos" equivalentes a 8 por cento das vendas totais em 2018, 10 por cento em 2019 e 12 por cento em 2020.
(Por Jan Schwartz, Alissa de Carbonnel, Andreas Cremer e Adam Jourdan)
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