Bovespa tem leve alta após retomar os 70 mil pontos e de olho em política
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava em leve alta nesta quarta-feira, após subir 2 por cento na véspera e retomar os 70 mil pontos, com investidores evitando grandes movimentos à espera de avanço de medidas no Congresso Nacional.
Às 11:28, o Ibovespa subia 0,47 por cento, a 70.337 pontos. O giro financeiro era de 2 bilhões de reais.
As atenções do mercado se voltam para a expectativa de votação nesta sessão da reforma política na Câmara dos Deputados e, principalmente, do texto-base que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), em comissão mista. As duas votações eram previstas para a véspera e foram adiadas para esta quarta-feira.
Também no front local, o mercado aguarda para esta sessão a reunião do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), na qual o governo vai apresentar a proposta de privatização da Eletrobras.
"Depois do anúncio da privatização da Eletrobrás o mercado já espera os próximos projetos que serão incorporados ao PPI para serem colocados à venda ou concedidos ao setor privado", escreveram os analistas da corretora Coinvalores em nota a clientes.
DESTAQUES
- ELETROBAS ON cedia 5 por cento e ELETROBRAS PNB recuava 2,6 por cento, em movimento de ajuste após as ações dispararem na véspera, quando as ON subiram quase 50 por cento na esteira da divulgação de planos para privatização da estatal.
- PETROBRAS PN operava perto da estabilidade, com variação positiva de 0,07 por cento, e PETROBRAS ON perdia 0,21 por cento, acompanhando os preços do petróleo que tentavam firmar-se no terreno positivo, após operarem em baixa mais cedo na sessão.
- VALE ON subia 1,66 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo e indo na contramão dos contatos futuros do minério de ferro na China, que caíram nesta sessão, interrompendo um rali recente que havia levado os preços ao maior patamar em cinco meses.
- CEMIG PN subia 4 por cento, engatando o segundo pregão de alta, diante da expectativa por solução para as usinas hidrelétricas operadas pela empresa que a União tenta levar a leilão. A Cemig busca recursos para recomprar as usinas cujas concessões venceram, ao mesmo tempo em que o leilão, inicialmente marcado para setembro, está suspenso.
(Por Flavia Bohone)
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