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Maia assina proposta de Orçamento de 2018 com antiga meta de deficit primário

FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

31/08/2017 19h34

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente em exercício, Rodrigo Maia, assinou nesta quinta-feira (31) a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) de 2018 com a antiga previsão de rombo de R$ 129 bilhões, para que a peça seja enviada ao Congresso Nacional.

Nesta madrugada, o Congresso aprovou o texto-basedo projeto que altera as previsões de rombo deste e do próximo ano para R$ 159 bilhões, mas como a votação não foi concluída --ainda falta a análise de destaques--, o novo valor não pôde ser incorporado à proposta de Orçamento.

O envio da proposta orçamentária precisa, por lei, ser feito até o dia 31 de agosto do ano anterior. Ou seja, o governo tinha até hoje para enviar o projeto ao Congresso.

Nesta quinta-feira, Maia já havia dito que a peça orçamentária a ser apresentada ao Congresso seria "genérica"por conter a meta antiga.

"O Orçamento hoje será um pouco mais genérico, mas a partir da próxima semana o relator já começa ajustar a peça orçamentária com a meta aprovada pelo Congresso Nacional", afirmou Maia em evento no Rio de Janeiro.

A alteração nas previsões de rombo foi anunciada há duas semanas pela equipe econômica diante da piora das contas públicas, em meio ao cenário de fraca atividade econômica e gastos públicos maiores.

A avaliação de especialistas é de que o governo terá dificuldade para cumprir suas metas fiscais. Recente pesquisa da agência de notícias Reuters mostrou que a avaliação dos economistas ouvidos era de que o Brasil precisará aumentar impostos e vender ativos (entre empresas e projetos) para garantir o cumprimento das metas de rombo mesmo após aumentá-las. 

(Reportagem de Luiz Guilherme Gerbelli)