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Exportação de café do Brasil em agosto cai na comparação anual; sobe ante julho

11/09/2017 12h01

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil exportou 2,11 milhões de sacas de 60 quilos de café verde em agosto, queda de 21,4 por cento ante o mesmo período do ano passado, informou nesta segunda-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Apesar da queda na comparação anual, os volumes têm mostrado sinais de recuperação após desempenhos mensais fracos mais cedo neste ano. Os embarques de agosto ficaram cerca de 500 mil sacas acima dos registrados em julho, que atingiram os menores níveis da história recente, segundo o Cecafé.

O Brasil praticamente já concluiu a colheita de uma safra de café menor neste ano --período negativo no ciclo bianual de produção da commodity. Mas produtores têm segurado as vendas da safra até o momento, à espera de preços melhores.

Operadores disseram que as entregas de café por produtores foram mais lentas na maior parte do primeiro semestre. Problemas de qualidade também afetaram a safra, com uma grande infestação da broca reduzindo os volumes de grãos com qualidade para exportação.

"Agosto já traz para o setor uma perspectiva melhor, ainda que tímida, com dados mostrando sinais de recuperação... A expectativa é que, em setembro, o volume de exportação siga com disposição a crescer em torno de 20 por cento", disse em nota o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

As exportações acumuladas em 2017 ainda estão 9,2 por cento abaixo das registradas no mesmo período do ano passado, disse a associação.

As exportações de café robusta seguiram marginais, apesar de uma safra muito melhor neste ano. O Brasil embarcou apenas 27,347 mil sacas em agosto, 31 por cento abaixo do verificado no mesmo mês de 2016.

Os embarques de arábica somaram 2,092 milhões de sacas em agosto, queda de 21,2 por cento na comparação anual.

Os Estados Unidos foram o maior comprador das exportações brasileiras de café no ano, tendo recebido 19,8 por cento dos embarques. A Alemanha ficou em segundo lugar, com 17,1 por cento.

(Por Marcelo Teixeira)