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Meirelles nega pré-candidatura à Presidência após convite da bancada do PSD

13/09/2017 16h02

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta quarta-feira que seja pré-candidato à Presidência da República, após o líder de seu partido, o PSD, na Câmara, Marcos Montes (MG), afirmar que ele recebera com "entusiasmo" o convite da bancada para disputar o Palácio do Planalto.

"Eu não sou pré-candidato à Presidência da República", escreveu Meirelles em sua conta no Twitter. "Estou concentrado em meu trabalho na Fazenda, para colocar o Brasil na rota do crescimento sustentado", acrescentou.

Mais cedo, após reunião de Meirelles com a bancada do PSD, Montes disse a jornalistas que os parlamentares convidaram Meirelles para ser candidato pela legenda no ano que vem. O deputado disse que o ministro não respondeu de imediato, mas recebeu a proposta de candidatura com "entusiasmo" e com um sorriso.

"O que foi colocado a ele (Meireles) é que se existe um nome que preenche os requisitos do mercado, daqueles que realmente vivem o dia a dia da economia, mas principalmente com a sociedade em geral, eu acho que o nome dele cai como uma luva nisso tudo", disse Montes a jornalistas após o encontro com Meirelles, que é filiado ao PSD.

"Ele recebe sempre com entusiasmo. A gente tem convicção que ele atenderá o chamado da sociedade. Nós chamamos hoje", acrescentou o líder, afirmando que Meirelles não respondeu de imediato ao convite.

"(Meirelles) não falou 'estou disposto', mas o sorriso, lá em Minas Gerais, nós achamos que é melhor que duas palavras."

Pouco depois, em sua conta na rede social, entretanto, Meirelles negou a pré-candidatura, ao mesmo tempo que se disse "honrado" com as palavras que ouviu dos deputados de seu partido. O ministro prometeu seguir debatendo a política econômica com todos os parlamentares.

A reunião de Meirelles com os deputados do PSD, de acordo com Montes, teve o objetivo de "aproximar" Meirelles da política.

No final do mês passado uma fonte disse à Reuters que Meirelles quer ser candidato ao Palácio do Planalto, mas sabe que só terá chances reais com uma melhora respeitável da economia. [nL2N1LG0OK]

Caso decida concorrer ao Palácio do Planalto no ano que vem, Meirelles terá de deixar o comando da Fazenda em abril, seis meses antes do pleito, para atender a regra de desincompatibilização.

Meirelles se soma a outros nomes que aparecem como possíveis candidatos à Presidência, casos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e João Doria, prefeito da capital paulista, da ex-senadora Marina Silva (Rede) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

O nome do ministro da Fazenda ainda não foi testado nas pesquisas de intenção de voto dos principais institutos que já fizeram sondagens sobre as eleições do ano que vem.

(Reportagem de Silvio Cascione e Mateus Maia; Reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo; bra)