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Brasil e América Latina estão bem posicionados para crescer mesmo com alta dos juros pelo Fed

24/10/2017 10h55

NOVA YORK (Reuters) - A América Latina e o Brasil em particular estão bem posicionados entre os países em desenvolvimento para resistir aos aumentos esperados dos juros pelos bancos centrais dos Estados Unidos e europeu nos próximos meses, disseram investidores e economistas.

Nos meses depois de maio de 2013, quando o então chair do Federal Reserve Ben Bernanke anunciou planos para reduzir o estímulo monetário, o JPMorgan Emerging Markets Global Bond Index recuou quase 15 por cento desde a máxima de maio, atingindo a mínima para o ano em setembro.

O índice MSCI de ações do mercado emergente recuou 17,4 por cento da máxima de maio para a mínima do ano em junho.

Mas esse padrão não deve se repetir mesmo se o Fed começar a reduzir sua carteira de títulos de 4,5 trilhões de dólares e com a perspectiva de que continue a elevar os juros, disseram analistas.

"Se você olhar os fundamentos desta vez, há uma situação melhor do que antes" disse a diretora sênior do Institute for International Finance, Sonja Gibbs.

O Brasil, em particular, viu a inflação desacelerar durante a recessão severa e fez alguns progressos em reformas estruturais, aumentando o conforto dos investidores com seu plano de continuar cortando os juros, mesmo com o aperto monetário do Fed, disse ela.

A maior economia da América Latina foi anteriormente chamada pelos analistas da Morgan Stanley como uma das "Cinco Frágeis" --economias mais vulneráveis à fuga de capitais.

Mas desta vez a economia brasileira é uma das que estão melhor situadas, disseram autoridades e economistas.

(Reportagem de Dion Rabouin)