BCE dá 1° passo para encerrar estímulo ao cortar compra de ativos
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) deu o maior passo para reduzir anos de política monetária expansionista para a zona do euro e anunciou nesta quinta-feira que vai diminuir suas compras de ativos.
Conforme esperado, no entanto, prorrogou o tempo de duração do programa de compra de títulos.
O banco reduziu pela metade o valor da compra de títulos para 30 bilhões de euros por mês, ficando confortável em meio a uma recuperação econômica agora em seu quinto ano e atuando em sincronia com outros bancos centrais, como o do Reino Unido e o dos Estados Unidos, que também se preparam para apertar a política monetária.
No entanto, o BCE continua incomodado com a inflação baixa, por isso ele juntou o corte a uma prorrogação por nove meses do programa, optando por comprar menos títulos mas por um período mais longo para tranquilizar os investidores de que proporcionará estímulo por um longo período de tempo.
De fato, o BCE manteve sua opção de aumentar ou ampliar o programa de compra de títulos, uma aparente vitória para as autoridades "dovish" que argumentaram que o banco não deveria se comprometer com a finalização das compras, uma vez que a possível alta do euro pode agravar a inflação fraca.
"Se o cenário se tornar menos favorável, ou se as condições financeiras se tornarem inconsistentes com mais progresso na direção de um ajuste sustentado na trajetória da inflação, o Conselho do BCE está pronto para aumentar o programa de compra de ativos em termos de tamanho e/ou duração", informou o BCE em um comunicado.
A principal taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, foi mantida em zero, enquanto a taxa bancária de depósitos "overnight", atualmente a principal ferramenta de juros do BCE, continuou negativa em 0,40 por cento, conforme esperado.
(Por Balazs Koranyi)
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