Odebrecht diz que quer manter Braskem como parte de investimentos do grupo
SÃO PAULO (Reuters) - A Odebrecht afirmou nesta segunda-feira que está estudando alternativas para seu investimento na Braskem, mas que pretende manter a petroquímica brasileira como parte de seus investimentos.
A declaração veio horas após o jornal Wall Street Journal publicar que a holandesa Lyondellbasell teria feito uma aproximação para comprar o controle da Braskem.
Em nota, a Odebrecht disse que "segue trabalhando em alternativas que agreguem valor à Braskem e a todos os seus acionistas, e reafirma a intenção de manter a Braskem como parte dos investimentos do grupo". O grupo de engenharia não deu mais detalhes.
As ações da Braskem fecharam em alta de quase 12 por cento nesta segunda-feira, cotadas a 53,25 reais. O Ibovespa encerrou em queda de 1,55 por cento.
Segundo o jornal, as negociações estão em estágio inicial e não há garantia de que um acordo será alcançado.
A Braskem é controlada atualmente pela Odebrecht, que possui 50,1 por cento das ações com direito a voto. A Petrobras possui 47 por cento do capital votante da petroquímica.
Representantes de LyondellBasell e Petrobras não comentaram o assunto. A Braskem preferiu não se pronunciar.
A notícia foi publicada alguns dias depois de o governo federal ter excluído de programa de desestatização a participação detida pela Petrobras na Braskem, em ação interpretada pelo mercado como facilitadora de uma eventual venda.
No Brasil, a Lyondellbasell possui apenas uma fábrica, em Pindamonhangaba (SP), aberta em 2006. A empresa opera em 17 países do mundo e possui 55 instalações produtivas. Já a Braskem, além do Brasil, tem instalações produtivas no México, Alemanha e nos Estados Unidos, onde é a maior produtora de polipropileno (PP), um tipo de plástico usado em uma ampla variedade de produtos, desde copos a móveis.
A indústria de produtos químicos tem passado por uma série de consolidações. Em maio, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão dos grupos químicos Dow Chemical e DuPont, condicionando aval a operação no Brasil à venda de uma série de ativos que incluíram atividades em torno de sementes de milho da Dow no país.
(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Aluísio Alves)
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