Petrobras negocia parceria com chinesa CNPC para refinaria em RJ
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras
Ao falar a empresários em um evento no Rio, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, ressaltou seus esforços para concluir o empreendimento no Estado, onde já foram investidos cerca de 13 bilhões de dólares e cujas obras foram paralisadas após o escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato.
O executivo reiterou que em breve serão reiniciadas as obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj, que irá processar a produção escoada de campos do pré-sal da Bacia de Santos.
"Estamos também discutindo com parceiros a possibilidade de que eles possam atuar na área de refino e uma das possibilidades seria aportar os recursos necessários para a conclusão da (refinaria do) Comperj", afirmou Parente, durante evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Sem entrar em detalhes, o executivo mencionou que a parceria estratégica do projeto poderia incluir outros negócios no Estado.
"Na realidade, isso (a parceria) seria alguma coisa um pouco mais ampla, que seria uma revisão da área de refino do Estado do Rio de Janeiro", afirmou Parente, sem entrar em detalhes.
O Comperj foi idealizado inicialmente para ser um grande complexo que envolveria também petroquímica. Mas, com o escândalo de corrupção, a Petrobras reduziu planos para o empreendimento, e agora fala apenas em concluir ativos de refino e processamento de gás. Parente não mencionou capacidades de produção.
CHINESES
A jornalistas, o executivo explicou que a conclusão da refinaria do Comperj está sendo negociada com a chinesa CNPC. Parente, no entanto, não detalhou quais outras áreas do Estado poderiam ser envolvidas.
Se a parceria com os chineses for confirmada, a Petrobras ampliaria seus empreendimentos com a CNPC, sócia da petroleira na área gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
Além disso, na semana passada, a CNODC (subsidiária da CNPC) foi parceira da Petrobras em um consórcio para comprar o bloco de Peroba, no leilão do pré-sal na semana passada.
(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Alexandra Alper)
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