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"No momento", mantemos proposta da reforma da Previdência, diz Meirelles

08/11/2017 11h24

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (8) que não há decisão concreta sobre a estratégia para votação da reforma da Previdência e que o governo segue empenhado em conversas com lideranças parlamentares para aprovação das alterações ainda neste ano.

Falando a jornalistas após reunião no palácio do Planalto, Meirelles não descartou categoricamente uma proposta mais enxuta para mudanças nas regras de acesso às aposentadorias, mas destacou que "no momento" o governo mantém a proposta do relatório da reforma aprovado em comissão especial na Câmara dos Deputados.

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"Temos de encarar a realidade política", afirmou Meirelles após reunir-se com o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas acrescentando que a "realidade econômica" também tem de ser levada em consideração.

Redução de danos

O governo entrou em campo mais fortemente depois que, na noite de segunda-feira, Temer indicou que praticamente havia desistido da ideia de aprovar a reforma da Previdência, considerada pelo mercado essencial para colocar as contas públicas do país em ordem. A reação dos mercados foi imediata na terça-feira, com o dólar e juros futuros subindo e a Bolsa recuando.

O mercado já vinha precificando cada vez mais temores de que o governo não conseguirá tirar a reforma da Previdência do papel, tanto pela aproximação do ano eleitoral de 2018 quanto pelo desgaste político no Congresso Nacional após Temer ter negociado com a base para segurar denúncias contra ele.

Meirelles reforçou ainda nesta manhã que o Congresso é soberano para votar a reforma da Previdência e que o governo está em negociação com os parlamentares.

Em separado, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirmou a jornalistas que a base aliada apresentará emenda substitutiva para a reforma da Previdência, acrescentando que havia "relativo consenso" sobre a idade mínima e que o tempo de contribuição ainda será discutido na Casa.

(Por Marcela Ayres)

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