Mercado vê corte de 0,5 p.p. na Selic esta semana e eleva expectativa de crescimento em 2017
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado manteve a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana e continua vendo nova redução de 0,25 ponto em fevereiro, melhorando ainda a previsão de crescimento da economia em 2017, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia na quarta-feira sua decisão de política monetária. Com o corte esperado pelos economistas no levantamento, a Selic terminaria o ano a 7 por cento, o que será seu menor patamar histórico.
Para 2018, permanece também a expectativa de corte de 0,25 ponto na taxa em fevereiro, com elevação na mesma proporção em dezembro, levando a Selic a terminar o próximo ano também a 7 por cento.
Pesquisa da Reuters mostrou que 49 de 50 economistas esperam que o Copom corte a Selic em 0,50 ponto agora, com a maioria esperando nova redução na reunião de fevereiro.
Entre aqueles que preveem mais afrouxamento monetário no início de 2018, 21 veem redução de 0,25 ponto percentual, a 6,75 por cento, e nove declínio de 0,50 ponto percentual.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também vê corte de 0,50 ponto agora, mas calcula a taxa básica de juros no final do ano que vem em 6,5 por cento.
Em relação à a economia, a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 foi elevada a 0,89 por cento, de 0,73 por cento, após os investimentos mostraram no terceiro trimestre o melhor desempenho em quatro anos.
O PIB do Brasil subiu 0,1 por cento entre julho e setembro passado sobre o segundo trimestre, terceiro período seguido de expansão, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) crescendo 1,6 por cento no período.
Para a inflação, a pesquisa semanal com uma centena de economistas passou a calcular a alta do IPCA em 2017 em 3,03 por cento, de 3,06 por cento no levantamento anterior.
Para 2018, permanece a expectativa de inflação de 4,02 por cento. A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5 por cento com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
(Por Camila Moreira)
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