Não há riscos no Brasil, por enquanto, relacionados a moedas virtuais, diz Ilan
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira (7) que, por enquanto, não há no Brasil riscos relacionadas às moedas virtuais, mas argumentou que se houver movimentações ilícitas com elas, há possibilidade de punições.
"Embora esses mecanismos de pagamento tenham sido tema de debate internacional e de manifestações de autoridades monetárias e de outras autoridades públicas, não foi identificada, até a presente data, pelos organismos internacionais, a necessidade de regulamentação desses ativos", afirmou Ilan em discurso publicado no site do BC.
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O presidente do BC destacou, entretanto, que as autoridades públicas conduzirão investigações se os detentores das moedas virtuais as utilizarem em atividades ilícitas, visando apurar responsabilidades penais e administrativas.
"Além disso, as operações com moedas virtuais, ou outros instrumentos conexos, que impliquem transferências internacionais referenciadas em moedas estrangeiras não afastam a obrigatoriedade de se observar as normas cambiais", completou Ilan.
O rali recente do valor da bitcoin tem gerado mais preocupações sobre regulação da moeda ao redor do mundo. Algumas personalidades importantes, como o economista vencedor do Nobel Joseph Stiglitz, têm afirmado que as criptomoedas deveriam ser consideradas ilegais.
O presidente do BC não falou sobre política monetária em seu discurso, um dia depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 7% ao ano, movimento amplamente esperado pelo mercado e que leva a Selic ao seu menor nível histórico, deixando a porta aberta para nova redução adiante, mas ressalvando que encarará a investida com "cautela".
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