Melhora do quadro econômico no país apoia alta nas vendas de Natal
SÃO PAULO, 26 Dez (Reuters) - A melhora de indicadores econômicos como desemprego e inflação trouxe certo ânimo aos consumidores brasileiros neste final do ano, com pesquisas mostrando crescimento nas vendas de Natal, após alguns anos de resultados negativos com o país em recessão.
Levantamentos da Serasa Experian e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostraram respectivamente altas de 5,6 e 4,7 por cento nas vendas para o período de 18 a 24 de dezembro ante 2016, quebrando série de três anos de queda.
No caso do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Natal 2017, foi o melhor resultado desde 2011.
A avaliação de ambas as empresas de informações de crédito é de que os números refletem, entre outros fatores, a queda gradual do desemprego e recuo da inflação, além da declínio na taxa básica de juros.
Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o resultado é consequência da melhora da conjuntura e da proximidade do fim da crise econômica.
No final de novembro, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego do Brasil caiu a 12,2 por cento no trimestre até outubro, nível mais baixo desde o final de 2016.
A inflação medida pelo IPCA, por sua vez, acumulava alta de 2,80 em 12 meses até novembro, sinalizando fechar o ano abaixo da meta do governo. E economistas enxergam novas quedas à frente, assim como para a taxa básica de juros, atualmente em 7 por cento, mínima histórica.
"...com a economia dando sinais de retomada, os consumidores foram às compras de forma menos tímida que nos últimos anos e também nas outras datas comemorativas de 2017", afirmou Pellizzaro, em nota.
Ele acrescentou, contudo, que o crescimento deste ano ainda está longe dos resultados dos anos anteriores à crise econômica.
As vendas de Natal em shopping centers seguiram a tendência positiva e cresceram 6 por cento neste ano ante 2016, movimentando 51,2 bilhões de reais, segundo dados iniciais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Além da melhora na conjuntura, a Alshop destacou nesta terça-feira ainda a liberação de recursos de contas inativas do FGTS como um dos fatores que contribuíram para o resultado positivo das vendas.
Comércio eletrônico
O comércio eletrônico mais uma vez apresentou um desempenho mais forte do que o crescimento médio do varejo, com aumento de 13 por cento no faturamento do período do Natal neste ano ante 2016, para 8,7 bilhões de reais.
Trata-se de uma aceleração frente a 2016, quando houve alta de 3,8 por cento frente a 2015, para 7,7 bilhões de reais.
Os dados divulgados nesta terça-feira, compilados pela empresa de pesquisa de mercado Ebit entre 15 de novembro e 24 de dezembro, levam em conta o faturamento obtido na Black Friday, que este ano correspondeu a 25 por cento das vendas no período, ou 2,175 bilhões de reais.
Os números estão praticamente em linha com a projeção da Ebit, divulgada em meados de dezembro.
"A única surpresa foi a elevação no volume de pedidos, que cresceu 1 ponto percentual a mais do que esperávamos, mas com a retração no tíquete médio, o faturamento ficou dentro da estimativa da Ebit para o período", disse o presidente da empresa de pesquisa, Pedro Guasti, em nota.
O tíquete médio do comércio eletrônico caiu 1 por cento, de 462 para 457 reais, em movimento atribuído pela Ebit a descontos praticados durante a Black Friday e à deflação.
(Por Paula Arend Laier, edição Alberto Alerigi Jr.)
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