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Respostas para questionário da PF a Temer devem ser entregues nesta 5ª ao STF, diz fonte

18/01/2018 13h49

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer finalizou as respostas às 50 perguntas feitas pela Polícia Federal no inquérito que investiga a edição de um decreto que teria beneficiado empresas concessionárias do setor portuário e a entrega deve ser feita nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal, disse à Reuters uma fonte palaciana.

Temer é investigado sob suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na edição do decreto para prorrogar os contratos de concessão e arrendamento portuários, que teria beneficiado a empresa Rodrimar S.A., que opera áreas do porto de Santos.

O decreto, de maio do ano passado, aumentou o prazo dos contratos de concessões de 25 para 35 anos, podendo ser prorrogado até 70 anos, o que beneficia as atuais empresas concessionárias

Temer passa o dia em São Paulo e pode se encontrar novamente com seu advogado, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, apesar de já ter revisado as respostas do inquérito. O prazo final para a entrega das respostas é sexta-feira.

O dia do presidente, no entanto, se concentra em entrevistas --apesar de o Palácio do Planalto ter distribuído agenda informando que não há compromissos oficiais.

Temer embarcou nesta manhã e na capital paulista deveria seguir diretamente para a sede do SBT, onde tinha duas entrevistas marcadas, com os apresentadores Silvio Santos e Carlos Massa, o Ratinho.

Silvio Santos, depois de um encontro com Temer em São Paulo há alguns dias, pediu a conversa com o presidente para explicar a reforma da Previdência, que o apresentar alegou não apoiar porque não entendia.

Temer deve ser colocado no palco do programa de Silvio Santos, que vai ao ar no domingo. Ainda não há data para a entrevista com Ratinho ir ao ar --essa é a segunda vez que Temer vai ao programa. Na última, em abril de 2017, também defendeu as reformas, previdenciária e trabalhista.

As entrevistas, em programas mais populares, são parte de uma ofensiva do governo para diminuir a resistência da população à reforma da Previdência e, com isso, convencer os parlamentares a votarem as mudanças em um ano eleitoral. Hoje o governo tem pelo menos 50 votos menos do que a margem necessária para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição.

À tarde, o presidente ainda concede uma terceira entrevista, dessa vez ao jornal Folha de S.Paulo, segundo o Palácio do Planalto.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)