Equipe econômica defende entrada do Brasil na OCDE
BRASÍLIA, 28 Fev (Reuters) - Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldafajn, defenderam a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quarta-feira, em evento sobre relatório feito pela entidade sobre o país.
Meirelles reconheceu que este é um processo "que demanda tempo", o que ressaltou ser normal diante da necessidade de adesão a uma série de tratados, que classificou como importantes para abertura da economia e aumento da produtividade no país.
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"Quanto mais nós possamos absorver essa experiência global, do ponto de vista técnico, do ponto de vista inclusive detalhado daquilo que está funcionando nos diversos países do mundo, melhor ainda para o Brasil", disse.
Segundo o ministro da Fazenda, o Brasil é parte de 36 instrumentos da OCDE e já discute o ingresso a outros 60.
O presidente do BC, por sua vez, avaliou que a maioria dos países membros consideram o Brasil um candidato relevante à posição de membro pleno, "dados o tamanho e a complexidade de nossa economia, nossa tradição de posicionamentos técnicos consistentes e nosso alinhamento aos padrões e valores ocidentais".
Para Ilan, a participação do Brasil aumentaria a confiança na economia brasileira, impactando o custo do financiamento da dívida soberana.
Já Oliveira reforçou que a entrada na organização trata, no limite, de replicar "padrões internacionais que já foram adotados, testados e que deram certo".
O pedido formal para se juntar à entidade foi feito pelo Brasil em maio do ano passado.
Decisão pode levar anos
O Brasil tem participado de atividades da OCDE desde 1994. A decisão final sobre a adesão pode levar anos e depende de análise dos requisitos de entrada que podem implicar mudanças legislativas para cumprir as regras de tributação e transparência da OCDE.
Em relatório sobre o país publicado nesta manhã, a OCDE apontou que a implantação bem-sucedida das alterações nas regras de acesso à Previdência será "a prova dos nove" para a capacidade das autoridades brasileiras de tocarem mais reformas estruturais no país, defendendo ainda um piso para aposentadoria abaixo do salário mínimo.
(Edição de Patrícia Duarte)
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