Trump diz que EUA vão impor tarifas de 25% para aço e de 10% para alumínio na próxima semana
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que seu governo vai impor tarifas de importação para aço e alumínio de 25 e 10 por cento, respectivamente, na próxima semana.
Em reunião com representantes da indústria dos EUA na Casa Branca, Trump prometeu reconstruir os setores de siderurgia e alumínio do país, afirmando que eles têm sofrido competição desleal de outros países há décadas.
O anúncio fazia ações de siderúrgicas norte-americanas e de produtoras de aço que atuam nos EUA subir. Às 15h24 (horário de Brasília) AK Steel subia 11 por cento, US Steel avançava 7,5 por cento, Nucor tinha valorização de 3,6 por cento.
A brasileira Gerdau, que obtém parcela relevante de seu resultado com operações nos EUA, avançava 3,7 por cento na B3. Já a Usiminas, que reduziu exportações aos Estados Unidos nos últimos anos, recuava 3,25 por cento. CSN, que tem operações nos EUA, mas obtém maior parte da receita no Brasil, tinha queda de 1,2 por cento na bolsa brasileira.
O governo Trump afirma que as tarifas vão proteger a indústria norte-americana de aço e alumínio, mas críticos dizem que aumentariam custos para a indústria e não conseguiriam impulsionar a geração de emprego no país.
Os EUA também citam questões de segurança nacional na definição das tarifas, afirmando que o país precisa de oferta doméstica para seus tanques e navios de guerra. O Departamento de Defesa já vinha recomendando tarifas direcionadas para aço e um adiamento nas que envolvem alumínio.
O setor siderúrgico dos EUA perdeu quase três quartos da força de trabalho entre 1962 e 2005, mas um grande estudo da Associação Econômica Americana afirma que a maior parte das demissões ocorreu devido à tecnologia de produção melhorada, com aumento de cinco vezes da produtividade por trabalhador.
"Por isso, mesmo que a proteção tarifária leve a uma produção doméstica maior, o aumento do emprego pode ser bem menor do que muitos esperam", afirma pesquisa da rede de economistas Econofact divulgada na semana passada.
(Por Susan Heavey, David Shepardson, Steve Holland, Lesley Wroughton e Eric Walsh)
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