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Brasil tem superávit de US$620 mi na conta corrente em abril, abaixo do esperado

24/05/2018 11h26

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou superávit em transações correntes de 620 milhões de dólares em abril, no azul pelo terceiro mês consecutivo, mas abaixo do esperado e mais uma vez beneficiado pelo desempenho da balança comercial.

O dado veio abaixo da expectativa de superávit de 1,1 bilhão de dólares apontada em pesquisa Reuters com analistas, e também mais fraco que o superávit de 1,149 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado.

Já os investimentos diretos no país (IDP) somaram 2,6 bilhões de dólares em abril, informou ainda o Banco Central nesta quinta-feira, pior que projeção de analistas de 3,0 bilhões de dólares.

Nos quatro primeiros meses do ano, o déficit nas transações correntes é de 2,604 bilhões de dólares, sobre 3,495 bilhões de dólares em igual etapa de 2017.

Para o ano, o BC prevê que o déficit nas transações correntes será de 23,3 bilhões de dólares, bem maior que o rombo de 9,762 bilhões de dólares no ano passado, principalmente por superávit mais fraco esperado para a balança comercial.

Isso porque com maior fôlego na economia, a projeção é que as importações cresçam no país em ritmo mais forte que as exportações.

Isso voltou a acontecer em abril, com a balança comercial fechando o mês positiva em 5,493 bilhões de dólares, sobre o saldo positivo de 6,742 bilhões de dólares sobre o mesmo mês do ano passado.

Ao mesmo tempo, os gastos líquido de brasileiros no exterior chegou a 1,040 bilhão de dólares.

Mesmo com a piora em relação ao ano passado, o déficit em transações correntes segue baixo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), tendo chegado a 0,43 por cento nos 12 meses até abril. O IDP, na mesma base de comparação, foi a 3,03 por cento do PIB.

O governo tem argumentado que a posição é confortável e deixa o país mais preparado para lidar com a volatilidade externa e a alta do dólar frente ao real, movimento que tem sido impulsionado nas últimas semanas pela expectativa de aperto mais intenso nos juros dos Estados Unidos.

(Por Patrícia Duarte)