Índices europeus recuam por tensões comerciais
MILÃO/LONDRES (Reuters) - Os mercados acionários europeus recuaram pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira uma vez que as preocupações com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China mantêm investidores nervosos, enquanto a produtora de cabos Nexans despencou após um alerta sobre o lucro.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,8 por cento, a 1.509 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,83 por cento, a 386 pontos.
O embate comercial entre EUA e China se intensificou depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas sobre bens chineses e Pequim respondeu com medidas similares.
"Os investidores continuam reagindo ao aumento das tensões comerciais entre EUA e China", disseram Mike van Dulken e Artjom Hatsaturants, analistas da Accendo Markets.
O STOXX apagou todos os ganhos obtidos na quinta-feira, quando o Banco Central Europeu disse que as taxas de juros permaneceriam em mínimas recordes, pelo menos até o verão de 2019 (no hemisfério norte).
O índice alemão DAX recuou 0,8 por cento, pressionado pela preocupação de que uma crise em relação à política de migração possa desestabilizar o governo de coalizão de Angela Merkel.
A montadora Volkswagen foi a que mais sofreu, com queda de 3,3 por cento, seguida pela marca de artigos esportivos Adidas, que recuou 2,7 por cento.
A francesa Nexans caiu 16 por cento depois que a empresa alertou que uma "deterioração abrupta" de suas atividades de alta voltagem provavelmente se traduzirá em lucros menores neste ano.
O alerta também pesou sobre a sua rival italiana Prysmian, que registrou queda de 1,6 por cento.
O grupo francês de gás e energia Engie caiu 4,8 por cento após afirmar que interrupções não programadas em seus reatores nucleares na Bélgica terão impacto de 250 milhões de euros no lucro de 2018.
A fornecedora aeroespacial Cobhan subiu 4,6 por cento após elevada a "overweight" pelo banco Morgan Stanley.
"Achamos que a gestão atual estabilizou a performance, com os custos obrigatórios reduzidos e medidas tomadas para ajudar na entrega operacional", disseram analistas do banco norte-americano.
A Air Shuttle, da Noruega, subiu 10,1 por cento após a Lufthansa dizer que houve contato com a empresa sobre uma possível combinação.
A norueguesa também foi alvo de uma proposta da IAG, dona da British Airways. A IAG subiu 0,7 por cento enquanto a Lufthansa registrou queda de 0,6 por cento.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,80 por cento, a 1.508 pontos.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,03 por cento, a 7.631 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,36 por cento, a 12.834 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,93 por cento, a 5.450 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,41 por cento, a 22.099 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,83 por cento, a 9.769 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,01 por cento, a 5.569 pontos.
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