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Órgão de auditoria da China diz que venda de dados de alfândega é um "problema"

20/06/2018 11h32

PEQUIM (Reuters) - O gabinete nacional de auditoria da China ordenou autoridades alfandegárias do país para remediarem a prática de coleta de receitas com a venda de dados alfandegários e outros serviços para terceiros, algo que considera como um "problema".

Não ficou claro o que o órgão quer que as autoridades alfandegárias façam, mas o comunicado lança luz sobre a ausência de dados detalhados normalmente divulgados mensalmente pela alfândega do país a clientes que incluem a Thomson Reuters.

As estatísticas de comércio de commodities de abril do maior comprador de petróleo, metais e grãos do mundo ainda não foram publicadas, elas deveriam ter sido divulgadas em 23 de maio.

A companhia que coleta os dados, China Cuslink, operada pelas autoridades alfandegárias, ordenou o adiamento por prazo indefinido da publicação, citando motivos técnicos, disseram três representantes da companhia à Reuters no início deste mês.

A Administração Geral de Alfândega da China coletou 5,6 milhões de iuans (865,2 mil dólares) entre 2016 e 2017 com o fornecimento de dados a compradores externos.

O órgão também recebeu 11,2 milhões de iuans ao fornecer dados de importação e exportação a companhias de comércio exterior.

O gabinete descreveu esse recolhimento como um "problema" e afirmou que as autoridades alfandegárias têm que resolver o assunto.

O atraso na divulgação das informações detalhadas coincidiu com o agravamento da disputa comercial entre Estados Unidos e China.

(Por Meng Meng e Dominique Patton)