Brasil tem déficit primário de R$ 8,224 bi em maio, melhor que o esperado
SÃO PAULO, 29 Jun (Reuters) - O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de R$ 8,224 bilhões em maio, abaixo do esperado pelo mercado e ajudado pelo desempenho positivo dos Estados, municípios e estatais, cenário que pode ser afetado à frente diante da atividade econômica mais fraca.
Em pesquisa da agência Reuters, a expectativa dos analistas consultados era de déficit primário de R$ 11,6 bilhões para maio.
O resultado do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) ficou negativo em R$ 11,120 bilhões em maio, bem menor que o rombo de R$ 32,106 bilhões visto um ano antes, divulgou o BC nesta sexta-feira (29).
Leia também:
- 'Bomba fiscal' vai explodir em 2019, dizem economistas
- Dilma fez transferência de renda para ricos, diz economista em livro
- Medo do imprevisto: mercado compara eleição hoje com a de Lula em 2002
Já os governos regionais (Estados e municípios) tiveram superávit primário de R$ 2,229 bilhões em maio, contra superávit de R$ 894 milhões um ano antes. A empresas estatais tiveram salto positivo de 688 milhões de reais em maio, contra dado positivo em R$ 475 milhões no mesmo mês do ano passado.
Em 12 meses, o déficit primário consolidado foi a R$ 95,885 bilhões, equivalente a 1,44% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2018, a meta é de rombo de R$ 161,3 bilhões, que deverá marcar o quinto ano que o país não consegue economizar para pagar juros da dívida pública.
Greve dos caminhoneiros
O governo vem reiterando a viabilidade da meta fiscal deste ano, mas a tarefa ficou mais difícil após a greve dos caminhoneiros em maio, que causou forte desabastecimento no país e afetou a atividade econômica. Além disso, o governo teve custo fiscal de mais de R$ 15 bilhões para arcar com o pleito da categoria e garantir preço menor do diesel.
Por isso, os economistas pioraram muito as expectativas para o déficit primário do governo central neste ano, segundo o relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda. Pela mediana, a projeção subiu a R$ 151,192 bilhões, contra R$ 138,543 bilhões anteriormente. Neste caso, a meta do ano é de R$ 159 bilhões.
Pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, mostra que a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano estava em torno de 1,5%, depois de ter chegado a 3% alguns meses antes.
No mês passado, ainda segundo o BC, a dívida pública bruta ficou em 77% do PIB, ao passo que a dívida líquida atingiu 51,3% do PIB. Em pesquisa Reuters, a expectativa de 76,3% e 51,4% do PIB, respectivamente.
(Edição de Camila Moreira)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.