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China não pode depender de flexibilização monetária para resolver problemas estruturais, diz pesquisador

29/06/2018 10h31

PEQUIM (Reuters) - A China não pode depender da flexibilização da política monetária para resolver seus problemas estruturais, disse o principal pesquisador do banco central em uma coluna de opinião nesta sexta-feira.

O crescimento da segunda maior economia do mundo está em risco de desacelerar, à medida que as autoridades tentam conter o rápido crescimento do crédito doméstico em um momento em que uma guerra comercial em larga escala com os Estados Unidos poderia prejudicar as perspectivas econômicas.

Para amortecer o impacto sobre a economia, o banco central disse no domingo que vai reduzir a quantia de dinheiro que alguns bancos devem manter como reservas, liberando 108 bilhões de dólares em liquidez, para acelerar o ritmo dos swaps de dívida por capital e estimular os empréstimos para empresas menores.

Xu Zhong disse que uma dependência excessiva da política monetária estaria mascarando os riscos de crédito com liquidez e escondendo o baixo retorno dos investimentos, de acordo com sua coluna publicada pela revista financeira Caixin. Ele enfatizou que isso exacerbaria ainda mais os problemas estruturais.

"Temos que permitir que 'a boa alavancagem' permaneça e que nos livremos das ruins", disse ele. "O principal objetivo da política monetária ainda é manter um ambiente cambial neutro e estável".

A política fiscal deve ter um papel maior no processo de desalavancagem da China, disse Xu, acrescentando que o país deve implantar um imposto sobre a propriedade para reduzir a dependência dos governos locais de vendas de terras para obter receita.