Brasil deve ter produção e exportação recordes de soja em 2018, prevê Abiove
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deve produzir um recorde de 118,7 milhões de toneladas de soja neste ano, projetou nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que também aposta em embarques históricos pelo maior exportador global da oleaginosa em grão.
Com a safra já colhida, a nova estimativa da entidade para a produção é 0,3 por cento maior que a divulgada em maio e também supera os quase 114 milhões de toneladas registrados no ano passado.
A safra de soja deste ano levantou receios por causa de uma estiagem durante o plantio, entre setembro e outubro de 2017, mas depois o tempo melhorou, e as lavouras acabaram registrando altas produtividades.
A maior produção deve contribuir para um aumento nas exportações brasileiras neste ano, estimadas agora pela Abiove em 73,5 milhões de toneladas, de 72,10 milhões anteriormente e aproximadamente 68 milhões no ano passado.
Diversas consultorias e associações vêm revisando para cima as estimativas de vendas de soja do Brasil em 2018 em razão não só da colheita recorde, mas também da disputa comercial entre Estados Unidos e China, que pode levar o gigante asiático a comprar mais da oleaginosa brasileira para suprir seu mercado.
Como resultado, a receita que o setor deve obter em 2018 com exportações do complexo soja, incluindo também farelo e óleo, deve alcançar 37,53 bilhões de dólares, contra 36,86 bilhões na previsão anterior e 31,72 bilhões em 2017 --a soja tem sido o principal produto de exportação do Brasil.
REVISÃO NA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS
A Abiove manteve suas previsões de produção de farelo e óleo no Brasil neste ano, em 32,80 milhões e 8,65 milhões de toneladas, respectivamente.
A associação, por outro lado, reduziu a expectativa de exportação de farelo de soja em 1,5 por cento, para 16,75 milhões de toneladas, mas o volume ainda supera as 14,38 milhões de toneladas de 2017.
Enquanto isso, a exportação de óleo de soja foi elevada em 27,8 por cento na comparação com a previsão de maio, para 1,150 milhão de toneladas, o que ainda fica abaixo do 1,34 milhão de toneladas do ano passado.
(Por José Roberto Gomes)
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