Bovespa avança com blue chips em sessão com política e balanços em foco
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, recuperando o patamar dos 80 mil pontos perdido na véspera, apoiado principalmente na alta de ações de blue chips como Vale e Petrobras e com o abundante noticiário corporativo dividindo o foco com expectativas relacionadas ao cenário político-eleitoral.
Às 12:11, o principal índice de ações da B3 subia 0,91 por cento, a 80.127,6 pontos. O volume financeiro somava 2,94 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa caiu 1,01 por cento, a 79.405,34 pontos, em meio a movimento de realização de lucros, com bancos entre as maiores pressões negativas.
Além dos balanços, profissionais da área de renda variável citavam como componente positivo para os negócios expectativas relacionadas à corrida presidencial.
Pesquisa de intenção de votos divulgada pela XP Investimentos mostrou mais cedo que o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, cresceu levemente, dentro da margem de erro.
No cenário sem candidato do PT, o tucano apareceu com 10 por cento dos votos, ante 9 por cento no levantamento anterior, junto com Ciro Gomes (PDT) e atrás de Jair Bolsonaro (PSL), com 23 por cento, e Marina Silva (Rede), com 12 por cento.
"Houve movimento de zeragem de posições vendidas devido a essa melhora do Alckmin", disse o chefe da área de renda variável da corretora de um importante banco em São Paulo.
Investidores continuam também atentos ao prazo final para definição dos candidatos que participarão da corrida presidencial em outubro, com vários partidos utilizando os últimos dias permitidos por lei eleitoral para fechar alianças e definir os candidatos a vice.
No exterior, Wall Street não mostrava uma direção única, com balanços de empresas como Amazon.com e Intel no radar, bem como números sobre o desempenho da economia norte-americana no segundo trimestre. O S&P 500 tinha variação negativa de 0,2 por cento.
DESTAQUES
- VALE avançava 1,29 por cento, respondendo pela maior contribuição positiva individual no Ibovespa dada a sua fatia relevante na composição do índice, na esteira de nova alta do preço do minério de ferro à vista na China.
- AMBEV tinha alta de 1,46 por cento, ainda reagindo à repercussão positiva do resultado trimestral conhecido na véspera. O Barclays elevou a recomendação dos ADRs (recibo de ação negociado nos EUA) da fabricante de bebidas para 'overweight'.
- PETROBRAS PN subia 1,24 por cento, tendo como pano de fundo a cena política e o petróleo Brent em alta, além de noticiário da estatal, incluindo acordo de leniência e que busca ampliar mercado na China.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN tinham alta de 0,80 e 1,5 por cento, respectivamente, após fortes perdas na véspera, com o setor bancário como um todo no azul. BANCO DO BRASIL subia 1,4 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 2,48 por cento.
- USIMINAS PNA caía 1,4 por cento, na contramão do setor siderúrgico listado no Ibovespa, após balanço do segundo trimestre com prejuízo e queda do resultado operacional medido pelo Ebitda. CSN subia 5,66 por cento e GERDAU PN avançava 1,48 por cento.
- ECORODOVIAS tinha elevação de 3,55 por cento, com resultado de abril a junho também sob os holofotes. Analistas do Morgan Stanley afirmaram que ficaram impressionados pela resiliência das margens na operação de rodovias, apesar da fraqueza no tráfego.
- FLEURY caía 1,86 por cento, tendo como pano de fundo resultado do segundo trimestre com leve queda do lucro líquido, para 86,6 milhões de reais, embora com crescimento de margem operacional e abertura de novas unidades.
- LOCALIZA ON cedia 2 por cento, mesmo após alta de quase 10 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, para 141,9 milhões de reais. A Coinvalores disse que o resultado ficou aquém do esperado.
- LOJAS RENNER caía 1,7 por cento, revertendo os ganhos do começo da sessão, tendo de pano de fundo balanço do segundo trimestre divulgado na véspera, com desaceleração no crescimento das vendas mesmas lojas para 2,5 por cento ante 6,4 por cento um ano antes
- MULTIPLAN valorizava-se 1,76 por cento, após divulgar lucro líquido de 145,7 milhões de reais, superando em 39,4 por cento o lucro de igual período de 2017. Para o Credit Suisse, o resultado teve mais pontos positivos que negativos. Na máxima, a ação subiu 4 por cento.
(Por Paula Arend Laier)
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