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Erdogan promete tomar medidas contra "terroristas econômicos" envolvidos com queda da lira

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan - Presidential Press/Associated Press
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan Imagem: Presidential Press/Associated Press

Por Tuvan Gumrukcu

13/08/2018 18h41

ANCARA (Reuters) - O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou, nesta segunda-feira (13), "terroristas econômicos" de conspirar para prejudicar o país, ao divulgar informações falsas, e disse que os responsáveis irão enfrentar a plena força da lei, à medida que autoridades começaram a investigar suspeitos de envolvimento.

A lira turca, que perdeu mais de 40% em relação ao dólar neste ano, se recuperou de uma mínima recorde de 7,24 liras por dólar no início desta segunda-feira, depois que o banco central turco se comprometeu a fornecer liquidez, mas permaneceu sob pressão de venda e sua queda continuou a abalar os mercados globais.

"Há terroristas econômicos nas redes sociais", disse Erdogan a um grupo de embaixadores turcos no palácio presidencial em Ancara, acrescentando que o Judiciário e autoridades financeiras estão tomando atitudes em resposta.

"Eles são verdadeiramente uma rede de traição", acrescentou. "Nós não vamos dar atenção a eles. Nós faremos aqueles que estão espalhando especulações pagar o preço necessário."

Erdogan, que ganhou novos amplos poderes após sua reeleição, disse que têm sido divulgados rumores de que autoridades podem impor controles de capitais em resposta à queda da moeda, que chegou a cair 18% somente na sexta-feira.

O Ministério do Interior disse ter identificado até agora 346 perfis em redes sociais que estão divulgando publicações sobre o câmbio que, segundo a pasta, criam uma percepção negativa da economia.

O ministério disse que irá tomar medidas legais contra essas pessoas, sem dizer quais seriam as ações.

Ao mesmo tempo, as procuradorias de Istambul e Ancara lançaram investigações sobre indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em ações que ameaçam a segurança econômica da Turquia, relataram a emissora CNN Turk e a agência de notícias estatal Anadolu.

(Reportagem adicional de Ali Kucukgocmen)