Marfrig espera venda de Keystone nas próximas semanas
SÃO PAULO (Reuters) - A venda da unidade norte-americana Keystone da Marfrig deve ser anunciada "no máximo" nas próximas semanas, afirmou o diretor financeiro da companhia brasileira de carne bovina, Eduardo Miron, nesta quarta-feira.
A diretoria da segunda maior processadora de carne bovina do mundo está nesta quarta-feira nos Estados Unidos tratando de negociações para a venda da unidade que fornece alimentos para redes de lanchonetes e restaurantes.
"Estamos fazendo nossa teleconferência de resultados (de segundo trimestre) aqui nos EUA e não no Brasil por causa do processo de negociação. Está avançando, pode acontecer a qualquer momento, nas próximas semanas no máximo", disse Miron em entrevista com jornalistas por telefone.
O presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Molina, que também acompanha os diretores da companhia nos EUA, afirmou durante teleconferência com analistas que a principal prioridade da companhia é a venda da Keystone, comprada pela Marfrig oito anos atrás por 1,26 bilhão de dólares.
"A nossa prioridade número 1 é concluir a venda da Keystone. A segunda é pagarmos as dívidas e termos uma empresa de baixo endividamento", disse Molina.
Os executivos, porém, não deram mais detalhes sobre os grupos com quem a Marfrig está negociando a unidade. No final de julho, fonte com conhecimento do assunto afirmou à Reuters que a Marfrig estava negociando com exclusividade com a norte-americana Tyson Foods sobre a Keystone. A intenção da Marfrig era conseguir a venda da unidade por até 3 bilhões de dólares.
Miron reafirmou o compromisso da Marfrig em reduzir a relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para abaixo de 2,5 vezes até o final do ano e que a empresa está "bastante confortável" com isso. A Marfrig encerrou junho com alavancagem de 4,2 vezes.
Por volta das 14:10, as ações da empresa tinham queda de 3 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 1,3 por cento.
Além da venda da Keystone, a Marfrig segue comprometida com planos de venda de sua fábrica remanescente na Argentina. "Nada mudou sobre o que tínhamos colocado antes", disse Miron.
A Marfrig divulgou na noite da véspera prejuízo líquido de 582 milhões de reais, acima do resultado negativo de 262 milhões sofrido no segundo trimestre de 2017. O resultado foi pressionado por adesão da empresa a um programa de renegociação da dívida do Funrural, que impactou o balanço em 616 milhões de reais.
O desempenho da empresa no Brasil também foi afetado pela greve dos caminhoneiros, disse o presidente-executivo da Marfrig, Martín Secco. Ele acrescentou que a empresa está voltando à normalidade de operações no país e nas exportações, que sofreram "impacto importante" durante a paralisação dos motoristas.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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