Walmart tem maior alta em vendas comparáveis nos EUA em uma década e ações disparam
NOVA YORK (Reuters) - O Walmart reportou nesta quinta-feira lucro trimestral e vendas que superaram as estimativas, conforme mais clientes visitaram suas lojas e um website repaginado impulsionou vendas online.
O maior varejista do mundo também elevou suas projeções para lucro e vendas no ano, excluindo qualquer impacto da aquisição da empresa indiana de comércio eletrônico Flipkart, que ainda está em processo de conclusão.
As vendas comparáveis do Walmart nos Estados Unidos tiveram a maior alta em uma década, impulsionadas pelo forte desempenho em mercearia, vestuário e produtos sazonais, que se recuperaram no segundo trimestre após um início fraco em abril.
O Walmart tem quatro anos seguidos de crescimento nos EUA, marca que não foi alcançada por nenhum outro varejista.
O crescimento de seu comércio eletrônico nos EUA também ficou acima dos trimestres anteriores, impulsionado por mudanças como um novo formato do website e expansão continuada das ofertas de produtos de mercearia online. As vendas do comércio eletrônico cresceram 40 por cento, ante expansão de 33 por cento no trimestre anterior. A empresa disse que caminha para elevar as vendas online nos EUA em 40 por cento no ano.
O desempenho das vendas ofuscou a continuidade das pressões de margem, decorrentes de corte de preços, custos mais altos de transporte de carga devido à escassez de motoristas de caminhão no país e ao investimento continuado em comércio eletrônico.
As margens brutas caíram pelo quinto trimestre seguido, com queda de 0,17 ponto percentual.
As ações da varejista subiam quase 10 por cento por volta das 12:30 (horário de Brasília).
Estratégia internacional
As vendas internacionais subiram 3,1 por cento, para 29,2 bilhões de dólares em moeda constante, ajudadas por fortes vendas comparáveis em quatro de seus maiores mercados fora dos EUA -- México, Reino Unido, Canadá e China.
A empresa tem buscado ajustar seu portfólio internacional. Em junho, o Walmart informou a venda de uma participação de 80 por cento nas operações no Brasil para a empresa de private equity Advent International.
O Walmart recentemente também vendeu uma fatia majoritária em sua unidade britânica ASDA para o J Sainsbury e pagou 16 bilhões de dólares por uma participação majoritária a empresa de comércio eletrônico indiana Flipkart.
O varejista também fechou acordos para vender as operações bancárias do Walmart Canada e Walmart Chile.
As vendas em lojas dos EUA abertas há pelo menos um ano cresceram 4,5 por cento, excluindo flutuações de preços de combustíveis, acima das projeções de analistas, de alta de 2,38 por cento, de acordo com dados da Thomson Reuters I/B/E/S.
O Walmart reportou prejuízo líquido para o trimestre encerrado em 31 de julho de 861 milhões de dólares, ou 0,29 dólar por ação, ante lucro líquido de 2,9 bilhões de dólares, ou 0,96 dólar por ação, um ano antes.
Excluindo itens não recorrentes, como a perda relacionada à venda da fatia no Walmart Brasil, o varejista lucrou 1,29 dólar por ação, acima das expectativas de analistas de 1,22 dólar por ação, de acordo com dados da Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita total subiu 3,8 por cento, para 128 bilhões de dólares, superando as estimativas dos analistas, de 125,97 bilhões de dólares.
Para o ano, o Walmart agora espera lucrar entre 4,90 dólares e 5,05 dólares por ação, acima da estimativa anterior de 4,75 a 5 dólares por ação, e excluindo qualquer impacto de sua aquisição da Flipkart.
As vendas no conceito mesmas lojas nos EUA devem subir cerca de 3 por cento no ano fiscal 2019, acima da estimativa anterior, de pelo menos 2 por cento de alta.
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