China diz que não tem escolha a não ser retaliar contra novas tarifas dos EUA
PEQUIM/WASHINGTON, 18 Set (Reuters) - A China afirmou nesta terça-feira (18) que não tem escolha a não ser retaliar contra as novas tarifas comerciais dos Estados Unidos, levantando o risco de que o presidente norte-americano, Donald Trump, possa em breve adotar taxas sobre praticamente todos produtos chineses que o país compra.
O comunicado do Ministério do Comércio foi divulgado horas depois de Trump dizer que estava impondo tarifas de 10% sobre cerca de US$ 200 bilhões em importações da China, ameaçando ainda com taxas sobre US$ 267 bilhões mais se a China retaliar.
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O breve comunicado não deu detalhes sobre os planos da China, mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse em entrevista à imprensa que as medidas dos EUA trouxeram "novas incertezas" às negociações entre os dois países.
"A China sempre enfatizou que a única maneira correta de resolver a questão comercial entre China e EUA é através de negociações e consultas realizadas em uma base de respeito igual, sincero e mútuo. Mas nesse momento, tudo que os EUA fazem não dá a impressão de sinceridade ou boa vontade", completou.
Geng disse que não comentaria sobre "hipóteses" como quais medidas Pequim poderia avaliar além de tarifas sobre produtos norte-americanos, dizendo apenas que detalhes serão divulgados no momento apropriado.
Trump alertou na segunda-feira que se a China adotar medidas retaliatórias contra as indústrias ou os agricultores norte-americanos "vamos buscar imediatamente a fase três, que trata-se de tarifas sobre aproximadamente US$ 267 bilhões em importações adicionais".
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