Cade dá aval sem restrições a possível aquisição da EDP pela chinesa Three Gorges
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu pela aprovação sem restrições de uma eventual aquisição do controle do grupo português EDP Energias de Portugal pela chinesa China Three Gorges, segundo despacho no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
A análise do órgão de defesa da concorrência acontece após a chinesa CTG ter anunciado na Europa que prepara uma oferta pública de aquisição pela EDP, controladora da EDP Brasil, que opera distribuidoras de eletricidade no país e ainda tem ativos de geração e transmissão de energia.
"A operação...consiste na aquisição, pela CTG Europa, do controle unitário sobre o Grupo EDP, a ser realizada por meio de uma oferta pública voluntária de aquisição...com a aprovação da operação, espera-se que a CTG Europa passe a deter, ao menos, 50 por cento do capital votante do Grupo EDP", explicou o Cade em seu parecer sobre a transação.
A chinesa CTG já possui uma fatia de cerca de 23,27 por cento no Grupo EDP.
A elétrica oriental também atua em separado no Brasil, por meio da subsidiária CTG Brasil, uma das líderes do mercado local de geração.
De acordo com o Cade, as empresas disseram que o negócio ofereceria à CTG "oportunidade de investimento em linha com sua estratégia (de) inserção internacional".
O órgão defendeu a aprovação da transação ao entender que a operação entre as companhias seria "incapaz de alterar significativamente a estrutura dos mercados de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica em todos os cenários considerados".
Ao comentar a oferta da CTG anteriormente, a EDP disse que o negócio envolveria o aporte de ativos da elétrica chinesa no Brasil na EDP, o que poderia fazer da EDP Brasil a líder em capacidade instalada de geração entre agentes privados no mercado de energia do Brasil. A liderança atualmente é da francesa Engie, seguida pela CTG Brasil.
Procurada, a EDP Brasil não comentou de imediato o aval do Cade ao negócio envolvendo sua controladora e a CTG. A CTG Brasil também não comentou de imediato.
(Por Luciano Costa)
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