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Confiança da construção do Brasil sobe em setembro com melhora das expectativas, diz FGV

25/09/2018 08h35

SÃO PAULO (Reuters) - As expectativas sobre os próximos meses se fortaleceram e a confiança da construção no Brasil voltou a avançar em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) atingiu em setembro 80,3 pontos depois de avançar 0,9 ponto na comparação com agosto, embora o resultado não tenha sido suficiente para recuperar a queda de 1,6 ponto vista em agosto.

"As expectativas voltaram a crescer, mas sem conseguir recuperar o patamar pré-greve dos caminhoneiros. Houve um ajuste para baixo na percepção relativa ao cenário no curto prazo que afetou o setor como um todo", explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, em nota.

"No entanto, as empresas de infraestrutura, mais suscetíveis ao ambiente de incerteza atual, foram mais impactadas e ainda não mostram sinais de melhora na confiança", completou ela.

Tanto a avaliação sobre a situação atual quanto as expectativas para os próximos meses mostraram melhora neste mês.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,7 ponto, para 72,4 pontos, registrando seu maior nível desde junho de 2015, impactado principalmente pelo indicador que mede a percepção sobre a situação atual da carteira de contratos.

Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,2 ponto, para 88,7 pontos em setembro, embora o resultado tenha sido insuficiente para recuperar a queda sofrida no mês anterior. O resultado positivo deveu-se a uma perspectiva mais otimista em relação a demanda para os próximos três meses.

Na segunda-feira, a FGV informou que a confiança do consumidor brasileiro diminuiu em setembro pelo segundo mês seguido devido à piora das expectativas para os próximos meses, em meio à frustração com a recuperação lenta do mercado de trabalho.

Em nota separada, a FGV disse ainda que o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) desacelerou a alta no mês a 0,17 por cento, de 0,30 por cento em agosto.

(Por Stéfani Inouye)