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Petrobras assina memorando com Equinor para projetos em energia eólica no mar

26/09/2018 17h45

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras assinou nesta quarta-feira com a petroleira norueguesa Equinor (ex-Statoil) um memorando de entendimentos visando ao desenvolvimento conjunto de negócios no segmento de energia eólica offshore (no mar), no Brasil.

A informação confirma reportagem da Reuters publicada no início do mês, de que as empresas estavam negociando projetos em energia eólica offshore.

No âmbito da parceria estratégica, firmada durante a conferência Rio Oil & Gas nesta quarta-feira, as empresas informaram que estão investigando outras áreas potenciais de cooperação.

A realização de estudos conjuntos com a Equinor faz parte da estratégia da Petrobras em desenvolver negócios de alto valor em energia renovável, em parceria com grandes players globais, visando à transição para uma matriz de baixo carbono, disse a Petrobras em nota.

Segundo o vice-presidente de Desenvolvimento e Produção no Brasil da Equinor, Anders Opedal, o objetivo de memorando com a Petrobras é identificar novos projetos nos próximos três anos.

O diretor executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nelson Silva, afirmou a jornalistas que o plano de negócios da Petrobras 2019-2023, que será divulgado no início de dezembro, irá dar mais detalhes sobre energias renováveis na petroleira.

"A gente já tem quatro parques eólicos, 106 megawatts de capacidade... A gente quer caminhar nessa direção, coisa que nós não pudemos fazer nesses últimos dois, três anos, em função de todo o foco na recuperação financeira da Petrobras. Agora podemos olhar um pouco mais adiante", disse Silva.

O executivo, no entanto, evitou adiantar montantes que poderiam ser investidos em energias renováveis.

A Petrobras sozinha já tem um projeto piloto em curso para a construção de uma eólica no mar, com capacidade para gerar de 6 a 10 megawatts, no campo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, segundo explicou Silva. A eólica irá entrar em operação em 2022.

(Por Alexandra Alper e Marta Nogueira)