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Acordo nos EUA não necessariamente influencia outras ações contra Petrobras, diz diretor

27/09/2018 16h35

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As declarações da Petrobras em acordo com autoridades dos Estados Unidos não necessariamente vão pesar contra companhia em ações coletivas enfrentadas pela empresa ainda como consequência dos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato, que revelaram um escândalo de corrupção que envolveu a estatal, disse um executivo nesta quinta-feira.

A afirmação foi feita após a Petrobras anunciar que fechou acordo envolvendo 853,2 milhões de dólares para encerramento de investigações nos EUA relacionadas a controles internos, registros contábeis e demonstrações financeiras da companhia durante o período de 2003 a 2012.

"Eu não tenho como afirmar que não vai interferir, mas no nosso julgamento não necessariamente interfere negativamente", declarou a jornalistas o diretor-executivo de Governança e Conformidade da Petrobras, Rafael Mendes Gomes.

Nesta quinta-feira, analistas do banco UBS disseram que o acordo alcançado com autoridades dos EUA parece colocar um fim às reivindicações do governo norte-americano.

No entanto, lembrou o UBS, a empresa possui outras três ações acontecendo ao mesmo tempo no Brasil, Argentina e Holanda. "Essas reivindicações estão nos estágios iniciais e acreditamos que levará algum tempo até que tenhamos alguma expectativa sobre seus resultados."

O acordo com as autoridades se segue a outro pacto com investidores nos EUA, que previu pagamento de cerca de 3 bilhões de dólares, para encerrar a "class action" na Justiça movida por aqueles que se sentiram lesados por supostas perdas registradas após o escândalo de corrupção.

(Por Alexandra Alper)