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Greve da Ryanair afeta 40 mil passageiros na Europa

Daphne Psaledakis e Michael Serr

28/09/2018 10h01

BRUXELAS/FRANKFURT (Reuters) - Uma paralisação de funcionários da empresa aérea de baixo custo Ryanair levou à permanência em solo de aviões em seis países da Europa, atrapalhando planos de mais de 40 mil passageiros.

A maior empresa de baixo custo da Europa vem enfrentando diversas greves desde que cedeu a pressões para reconhecer sindicatos pela primeira vez em dezembro, com a equipe aumentando a pressão em negociações sobre pagamento e condições.

O impacto nas reservas forçou a empresa a até mesmo considerar cortar seus planos de crescimento de curto prazo.

Equipes de comissários na Alemanha, Bélgica, Portugal, Holanda, Espanha e Itália, assim como pilotos na Alemanha, começaram uma paralisação de 24 horas com a abertura do espaço aéreo na sexta-feira.

"Eles não se importam conosco. Nós somos apenas números. Nós somos limões para serem espremidos e jogados fora", disse Juan Fernandez, um ex-funcionário da Ryanair que se juntou aos protestos no aeroporto de Bruxelas.

Os grevistas no aeroporto seguravam cartazes com a mensagem "Ryanair precisa mudar".

A Ryanair, que inicialmente cancelou 150 voos devido ao que disse ser uma greve desnecessária por uma "pequena minoria de comissários", cancelou até mais 100 voos quinta-feira após pilotos alemães dizerem se juntariam ao protesto.

A empresa aérea irlandesa disse nesta sexta-feira (28) que mais de 2.150 de seus 2.400 voos programados operariam normalmente.

A ação em alguns dos maiores mercados da Ryanair será sua segunda maior greve de um dia. Cerca de 55 mil clientes foram afetados em agosto quando pilotos em cinco países europeus paralisaram as atividades no auge da temporada de férias.

A Ryanair disse que conseguiu progressos significativos nas últimas semanas durante negociações, incluindo chegar a acordos coletivos de trabalho na Irlanda, Reino Unido, Itália e Alemanha.

A disputa em outros mercados concentra-se principalmente na prática da Ryanair de empregar uma grande parte de sua equipe sob a lei irlandesa, o que os sindicatos dizem ser inconveniente para a equipe e impede que eles acessem os benefícios locais da previdência social.