Alckmin rebate Bolsonaro sobre urnas eletrônicas e o compara a menino mimado
SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, rebateu neste sábado as críticas feitas pelo presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, sobre as urnas eletrônicas e o comparou a um menino mimado que não sabe perder.
"Isso aí é inacreditável. Ele foi eleito sete vezes deputado federal e a urna funcionou. Se perder, a urna não funciona. É como um menino mimado que quando perde o jogo, pega a bola e vai embora", disse Alckmin durante campanha em São Paulo.
Na sexta-feira, Bolsonaro afirmou em entrevista à Band que não aceitará qualquer resultado das eleições presidenciais que não seja a sua vitória. Ele tem levantado suspeitas sobre as urnas eletrônicas, dizendo que a eleição de 7 de outubro pode ser fraudada pelo PT.
Bolsonaro aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto, à frente do petista Fernando Haddad.
Numericamente em quarto lugar nas pesquisas, Alckmin criticou proposta de Haddad de fazer uma nova Constituição.
"Isso é um absurdo porque você vai ficar um, dois anos, discutindo nova carta magna, quando nós podemos, em seis meses, fazer quatro, cinco modificações que vão destravar a economia, vão desburocratizar, vão simplificar, o Brasil não pode perder tempo, o Brasil tem pressa", afirmou o tucano.
Em campanha no bairro paulistano da Lapa, Alckmin comentou sobre suas propostas para estimular o empreendedorismo e o comércio no país.
"Para quem quer empreender, (é preciso) ter crédito mais barato, BNDES financiando, fomentando a atividade empreendedora, redução de carga tributária, simplificação de natureza tributária e desburocratização", afirmou ele, que se comprometeu a criar programas de crédito a juro zero para micro e pequenas empresas.
O tucano voltou a afirmar que, se eleito, vai alterar a taxa de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
"Hoje o dinheiro do trabalhador derrete. Nós vamos aplicar sobre essa poupança a inflação mais juros, para que o dinheiro dos trabalhadores renda mais", disse.
(Por Tatiana Ramil)
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