Primeira-ministra May desafia críticos; divisões sobre Brexit aumentam
Por Elizabeth Piper e Kylie MacLellan e William James
BIRMINGHAM, Inglaterra (Reuters) - A premiê Theresa May convocou seu partido, neste domingo, para se unir ao plano de o Reino Unido deixar a União Europeia, em um apelo direto aos críticos, dizendo que seu desejo de um acordo de livre comércio estaria no centro de suas propostas para o Brexit.
No início do que deve ser uma das mais tempestuosas conferências anuais do Partido Conservador, os planos de May foram, mais uma vez, atacados por dois ex-ministros, com seu ex-secretário de Relações Exteriores, Boris Johnson, chamando-os de "desequilibrados".
Mas ela também ganhou forte apoio de outros ministros apoiadores do Brexit, com o ministro do Comércio, Liam Fox, e o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, expressando sua raiva contra a UE "por insultar Theresa May, uma das pessoas mais polidas do mundo".
Apenas seis meses antes de o Reino Unido deixar a UE na maior mudança do país em política externa e comercial em mais de 40 anos, o debate sobre como deixar o bloco ainda está em curso no Partido Conservador, de centro-direita, e até mesmo no governo.
A liderança já frágil de May foi pressionada ainda mais este mês, quando a UE rejeitou partes do chamado plano Chequers. Ela, no entanto, contornou as conversas dizendo que estava pronta para considerar as preocupações da UE.
"Minha mensagem para o partido é que vamos nos unir e conseguir o melhor acordo para o Reino Unido", disse May à BBC na cidade inglesa de Birmingham.
"No coração do plano Chequers está um acordo de livre comércio e sem atrito... No momento, é o único plano na mesa que cumpre a votação do Brexit ... e também atende às pessoas da Irlanda do Norte."
May mostrou poucos sinais de se afastar de seu plano de Chequers, batizado com o nome de sua residência no país, onde ela fez um acordo sobre Brexit com seus ministros em julho, apesar das crescentes críticas de que suas propostas oferecem o pior de todos os mundos.
Johnson, que deixou o gabinete de May depois que Chequers foi elaborado, chamou seus planos de "desequelibrados" e atacou a primeira-ministra por não acreditar no Brexit.
Ele e o ex-ministro do Brexit, David Davis, pressionam por um acordo de livre comércio no estilo do Canadá com a União Europeia --uma proposta que May diz que separará a Irlanda do Norte do Reino Unido, fazendo a província britânica aderir a diferentes regras alfandegárias.
Michael Gove, ministro do Meio Ambiente de May, rejeitou as propostas de seu ex-aliado no Brexit de deixar a UE, que foram apelidadas de "super Canadá".
"Sou a favor de um acordo super britânico", disse ele em um evento. "A primeira-ministra apresentou uma proposta, que eu apoio."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.