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Cepal reduz estimativa de crescimento para América Latina este ano, mas espera expansão maior em 2019

17/10/2018 11h01

SANTIAGO (Reuters) - A economia da América Latina e do Caribe crescerá 1,3 por cento neste ano, um pouco abaixo da estimativa anterior, disse a Cepal nesta quarta-feira, embora seja esperado um desempenho melhor em 2019 devido a uma ligeira recuperação no Brasil e no México.

A Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), que havia estimado anteriormente um crescimento econômico de 1,5 por cento para este ano, destacou que as novas estimativas se dão em um contexto de aumento das incertezas e dos riscos no médio prazo.

"As tensões comerciais vêm aumentando nos últimos meses. Embora elas só tenham se refletido em revisões moderadas da queda no volume projetado do comércio mundial e da atividade econômica global (...), elas constituem um risco para a atividade econômica regional", disse a Cepal.

No entanto, a organização projetou uma expansão de 1,8 por cento para 2019.

O Brasil, a maior economia da região, deverá crescer 1,4 por cento este ano, acima da expectativa de 0,7 por cento para a América do Sul. Em 2019, o país deve acelerar sua taxa de expansão para 2,1 por cento, segundo a comissão.

O México, outra das principais economias do bloco, deve registrar um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2 por cento neste ano e de 2,3 por cento em 2019.

"A demanda doméstica terá um papel importante no crescimento da região no próximo ano", afirmou a Cepal.

Em contraste, a economia da Venezuela deve sofrer uma contração de 15 por cento em 2018 e cair 8 por cento no próximo ano, acumulando seis anos consecutivos de perdas.

O PIB da Argentina, por sua vez, deve diminuir 2,8 por cento neste ano e também contrair 1,8 por cento em 2019.

A Cepal ressaltou que um risco que persiste para as economias da América Latina e do Caribe é a deterioração do ambiente financeiro internacional.

"Os altos níveis de dívida corporativa e soberana acumulados ao longo de anos de condições financeiras globais frouxas constituem um risco para algumas economias mais expostas a mudanças no cenário financeiro", disse a organização.

A economia da Colômbia vai expandir 2,7 por cento em 2018 e 3,3 por cento no ano que vem.

(Por Antonio de la Jara)