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S&P cai com preocupação sobre juros e comércio; P&G ajuda Dow a subir

Por April Joyner

19/10/2018 18h03

NOVA YORK (Reuters) - O índice S&P 500 caiu nesta sexta-feira à medida que fortes resultados da Procter & Gamble foram compensados por persistentes preocupações sobre altas de juros e tensões relacionadas ao impacto de políticas comerciais sobre o crescimento econômico.

O índice Dow Jones subiu 0,26 por cento, a 25.444 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,04 por cento, a 2.768 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,48 por cento, a 7.449 pontos.

As ações da P&G subiram 8,8 por cento após a companhia de bens de consumo reportar uma alta inesperada nas vendas do primeiro trimestre. A alta nos papeis da P&G elevaram o Dow e ajudaram o índice de bens de consumo do S&P 500 a avançar 2,3 por cento.

O setor de bens de consumo, cuja performance neste ano está abaixo do desempenho do S&P 500, caminhava para seu maior ganho percentual diário desde agosto de 2015.

No entanto, o nervosismo recente relacionado a tensões no comércio global e alta de juros, que têm pesado sobre os índices acionários dos EUA nesta semana, persistiu.

O S&P 500 fechou abaixo de sua média móvel de 200 dias, um indicador estatístico fundamental de tendências de preços para o longo prazo. Setores defensivos - serviços e imóveis, além dos bens de consumo - lideraram o S&P em ganhos percentuais, sinalizando cautela entre investidores.

"Ainda há preocupações que você pode ver no mercado sobre se taxas de juros mais altas irão ou não enfraquecer o crescimento", disse Quincy Krosby, estrategista-chefe de mercado da Prudential Financial.

Como resultado, disse Krosby, investidores estão olhando especificamente para vendas fortes, não apenas lucro, à medida que a temporada de resultados avança.

Até agora, 61,9 por cento das companhias do S&P 500 divulgaram receita acima de expectativas de analistas, abaixo da média de 73 por cento dos quatro últimos trimestres, segundo dados da Refinitiv.

"O que nós precisamos ver para ter investidores de volta ao mercado é crescimento mais forte da receita", disse ela.