BC da Turquia mantém juros após recuperação da lira e fortes altas neste ano
ISTAMBUL (Reuters) - O banco central da Turquia deixou inalterada sua taxa de juros nesta quinta-feira como esperado, após a forte alta em setembro e depois da melhora nas relações diplomáticas com os Estados Unidos que ajudaram a lira a recuperar parte das enormes perdas deste ano.
A lira havia despencado uma vez que os laços com Washington azedaram e cada lado adotou sanções e tarifas adicionais. No centro da disputa estava a detenção na Turquia de um pastor norte-americano, que depois foi libertado.
Para sustentar a moeda e conter a inflação, o banco central elevou no mês passado a taxa básica de juros em 6,25 pontos percentuais, em uma medida que também aliviou as preocupações dos investidores com a independência da autoridade monetária.
"Os recentes acontecimentos relacionados às perspectivas de inflação indicam riscos significativos para a estabilidade de preços", disse o banco em comunicado. "Embora as condições de demanda doméstica mais fraca mitiguem parcialmente a deterioração no cenário de inflação, os riscos de alta para o comportamento dos preços continuam a prevalecer."
O presidente Tayyip Erdogan, autodenominado "inimigo" dos juros, quer crédito mais barato para empresas para impulsionar a atividade econômica. Os pedidos dele para juros mais baixos afetaram a confiança na capacidade do banco central de responder adequadamente ao aumento da inflação, que chegou a uma máxima de 15 anos em setembro.
O banco central manteve sua taxa de recompra de uma semana em 24 por cento nesta quinta-feira. Doze de 15 economistas em pesquisa da Reuters projetavam manutenção.
A lira ainda registra perdas de cerca de 30 por cento contra o dólar este ano, mas encontrou suporte desde a libertação do pastor norte-americano Andrew Brunson.
Após a decisão do banco central, a moeda inicialmente enfraqueceu para 5,71 contra o dólar, ante 5,67 antes do anúncio. Por volta das 8h38 (horário de Brasília), era cotada 5,6566 por dólar.
(Reportagem de Ezgi Erkoyun)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.