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Petrobras reduz diesel em 10,1% na refinaria, após novo valor de programa de subsídio

29/10/2018 21h14

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras informou nesta segunda-feira que o preço médio do diesel praticado pela companhia em suas refinarias e terminais passará a ser de 2,1228 reais por litro, entre 30 de outubro e 28 de novembro, uma redução de 10,1 por cento na comparação com período anterior do programa de subvenção do combustível, que prevê ajustes mensais.

A mudança segue a definição do novo preço de comercialização para o programa pela reguladora ANP, nesta segunda. A queda ocorre em meio a uma redução nos preços do barril de petróleo no último mês e também a uma desvalorização do dólar frente o real, parâmetros usados no cálculo.

O valor da Petrobras reflete a média aritmética dos preços de diesel rodoviário, sem tributos, praticados pela empresa.

O novo período do programa continua a prever o ajuste nos preços médios regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte sem Tocantins e Nordeste com Tocantins), disse a Petrobras.

"A companhia continuará a análise econômica do programa de subvenção para os períodos subsequentes", adicionou a estatal.

A ANP aprovou cerca de 1,6 bilhão de reais em subvenções à Petrobras, até 20 de setembro.

Lançado em junho, o programa de subvenção foi uma resposta à paralisação dos caminhoneiros, que protestaram em maio contra os altos preços do combustível.

Por meio dele, Petrobras, pequenas refinarias e algumas importadoras reduzem os preços com a promessa de serem ressarcidas pelo governo. Os participantes do programa podem receber até 30 centavos de real por litro, dependendo das condições do mercado.

PLANO CONGELADO

O governo federal planejava publicar ainda nesta semana um decreto que previa a retirada gradual das subvenções ao diesel de imediato, diante da queda do barril do petróleo e da desvalorização do dólar ante o real, mas decidiu colocar o plano em espera nesta segunda, disseram à Reuters fontes próximas às discussões.

Segundo uma das fontes, o texto da medida já estava pronto. Mas a Casa Civil desistiu de seguir em frente com a ideia.

Agora, a investida será reavaliada em 30 dias, mas sua implementação dependerá de acordo com a equipe de transição, após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.

Com o decreto, o governo poderia gastar 4,75 bilhões de reais a menos do que o previsto neste ano com as subvenções, ou metade do montante inicialmente fixado para os subsídios, acrescentou a fonte, que falou em condição de anonimato.

O programa foi criado para terminar no fim de dezembro.

(Por Roberto Samora)