Arábia Saudita está em negociações para reduzir produção de petróleo após EUA isentarem compradores
Por Rania El Gamal e Dmitry Zhdannikov
ABU DHABI (Reuters) - A Arábia Saudita está discutindo uma proposta que pode levar países produtores de petróleo da Opep e de fora dela a reduzirem a produção em até 1 milhão de barris por dia, disseram duas fontes à Reuters neste domingo, enquanto o maior exportador de petróleo do mundo lida com a queda nos preços da commodity.
As fontes disseram que qualquer acordo do tipo dependerá de fatores incluindo o nível das exportações iranianas após os Estados Unidos imporem sanções a Teerã, mas darem concessão aos principais compradores de petróleo do Irã para continuarem comprando.
A Arábia Saudita ficou surpresa com a isenção dada a consumidores como a China e a Índia, medida que atingiu os preços do petróleo, disseram pelo menos três fontes da indústria e da Opep à Reuters.
Agora a Arábia Saudita quer agir para evitar uma nova queda dos preços, que caíram abaixo de 70 dólares o barril na sexta-feira, e está liderando discussões sobre o corte de produção no ano que vem, disseram as fontes.
Sob um acordo que deve expirar no final do ano, produtores da Opep e de fora dela concordaram em frear a produção em cerca de 1,8 milhão de barros por dia.
Porém, produtores acabaram reduzindo ainda mais – em parte devido a interrupções inesperadas na Venezuela, Líbia e Angola – e concordaram em junho em limitar os cortes aos níveis acordados, o que significa restaurar cerca de 1 milhão de bpd em produção.
A Opep e seus aliados irão se encontrar em Viena nos dias 6 e 7 de dezembro para decidir a política de produção para 2019.
“Há uma discussão geral sobre isso (corte). Mas a questão é quanto é preciso ser reduzido pelo mercado”, disse uma das fontes antes de reunião de um comitê de monitoramento em Abu Dhabi no domingo, da qual participaram os principais produtores Arábia Saudita e Rússia.
“Ninguém esperava as isenções. A Arábia Saudita quer colocar pelo menos um piso sob os preços do petróleo. Ninguém quer uma queda livre dos preços”, acrescentou a fonte.
(Reportagem adicional de Maha El Dahan, Stanley Carvalho, Tuqa Khalid e Nafisa Eltahir)
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